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Amamentar por mais de 6 meses é uma das armas contra o câncer de mama

Especialista ensina como prevenir a doença que mais atinge as mulheres brasileiras 

Saúde|Fabiana Grillo, do R7

Amamentar por mais de seis meses previne o câncer de mama
Amamentar por mais de seis meses previne o câncer de mama Amamentar por mais de seis meses previne o câncer de mama

O câncer de mama é considerado o segundo tumor mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% de novos casos a cada ano. Apesar da alta prevalência, o mastologista Ivo Carelli, diretor da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia), alerta que algumas atitudes podem prevenir a doença.

— Engravidar antes dos 30 anos e amamentar o bebê por mais de seis meses são considerados métodos preventivos, já que é neste período que a mama se desenvolve por completo e os hormônios produzidos durante a gestação e o aleitamento materno protegem a mulher da doença.

Controlar o peso também é uma forma de afastar o câncer, já que a obesidade na menopausa aumenta em duas vezes o risco de desenvolver o problema. De acordo com o oncologista Artur Malzyner, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, o excesso de peso contribui para o aumento da produção do hormônio feminino estrógeno, que quando encontrado em grandes quantidades no organismo da mulher pode provocar a doença.

— Os níveis desse hormônio deveriam estar diminuindo nessa fase da vida devido à perda de função dos ovários.

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Câncer de mama tem cura quando diagnosticado de forma precoce, alertam mastologistas

Neste período é comum as mulheres recorrerem à terapia de reposição hormonal para amenizar os efeitos colaterais da ausência da menstruação, mas Carelli adverte que o tratamento pode estimular o surgimento do câncer.

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— Estudos mostram que há um aumento bem discreto na incidência de câncer de mama. Sendo assim, a recomendação é que apenas as mulheres que apresentam fortes ondas de calor com piora significativa da qualidade de vida sejam submetidas ao método.

Mulheres mostram suas cicatrizes em campanha de combate ao câncer de mama na internet

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Por outro lado, o médico acrescenta que o excesso de peso antes da menopausa não eleva o risco da doença, inclusive até diminui. Uma das explicações, segundo ele, é que mulheres obesas não ovulam adequadamente, ou seja, podem passar meses sem menstruar e, consequentemente, isso diminui a produção de hormônio feminino.

No entanto, o mastologista José Luiz Bevilacqua, do Hospital São Luiz, enfatiza que manter uma alimentação equilibrada e praticar exercício físico é essencial.

— Ganho de peso irregular, consumo exagerado de gorduras e de álcool são fatores que prejudicam o bom funcionamento do organismo e favorecem o desenvolvimento do câncer de mama.

O especialista destaca, ainda, que mulheres que já passaram por tratamento de câncer também devem aplicar esses hábitos no dia-a-dia.

Histórico familiar

O mastologista da SBM orienta atenção redobrado para as mulheres que tenham três familiares maternos ou paternos com câncer de mama ou dois parentes de primeiro grau (mãe e irmã).

— Neste caso o ideal seria fazer um estudo genético, o mesmo que fez a atriz Angelina Jolie, mas por ser muito caro e pouco acessível à população, o recomendado é fazer a mamografia com dez anos de antecedência do diagnóstico do familiar que teve a doença.

O especialista alerta que quanto mais cedo for a descoberta do câncer, maiores são as chances de cura. A recomendação para as mulheres em geral é iniciar os exames a partir dos 40 anos.

De acordo com os dados do Inca, no Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Diante do quadro, Bevilacqua reforça que "a prevenção e o diagnóstico precoce são as formas mais eficazes para reduzir essas estatísticas”.

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