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Bebê sem sexo: médica explica que distúrbio "é mais comum do que se imagina"

Segundo especialista, um a cada 4.500 nascidos vivos apresenta o problema

Saúde|Fabiana Grillo, do R7

Sexo de bebê ficará indefinido até janeiro de 2014
Sexo de bebê ficará indefinido até janeiro de 2014 Sexo de bebê ficará indefinido até janeiro de 2014

O sexo do bebê que nasceu com malformação genética no órgão genital, em Cambé, região metropolitana de Londrina (PR), só deve ser revelado em janeiro, quando sair o resultado do exame de DNA. Embora os médicos apostem em menino, a genitália ainda não está totalmente formada. De acordo com a cirurgiã pediátrica, Andrea Miyasaki, do Hospital Universitário da UEL (Universidade Estadual de Londrina), esta condição é chamada de distúrbio de diferenciação do sexo e “é mais comum do que se imagina”.

— Este distúrbio ocorre em um a cada 4.500 nascidos vivos e engloba várias anomalias congênitas. No entanto, é possível corrigir a alteração no órgão genital com cirurgia e o seu desenvolvimento será normal. A cirurgia fica tão boa que não dá nem para dizer que a criança nasceu com algum problema.

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A médica explica que o distúrbio de diferenciação do sexo “pode ser consequência de alteração cromossômica, hormonal e/ou anatômica”. Ela reforça que a condição não é consequência de maus hábitos durante a gravidez.

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— Diversas condições genéticas podem levar a criança a nascer com o genital externo atípico, ou seja, vagina malformada, clitóris aumentado, testículos fora da bolsa entre muitas outras alterções. Nestes casos, solicitamos o exame de DNA para identificar se há apenas cromossomos X [menina] ou se têm Y [menino].

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O segundo passo, esclarece a especialista, é verificar se os órgãos internos estão em perfeitas condições, como útero, ovários, entre outros. Em caso positivo, o bebê é submetido a uma cirurgia para “reconstruir” a genitália.

— A cirurgia pode ser simples, mas geralmente não é. Costumamos operar a partir dos seis meses e a recuperação total da criança pode demorar de um a três meses. A partir daí, o órgão genital vai se desenvolver normalmente e este paciente tem condições de levar uma vida sexual normal no futuro.

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Bebe sem ânus

Além do problema com o órgão sexual, o pequeno Rafael (nome escolhido pelos pais caso se confirme que o bebê é do sexo masculino) também nasceu sem ânus. Esta é uma outra malformação genética chamada anomalia anorretal.

— Na maioria dos casos, esta anomalia é tratável com cirurgia. Mas, como em qualquer outra patologia, existem casos mais complexos, que podem exigir outras intervenções.

Enquanto Rafael ainda não pode ser submetido à cirurgia, foi feito uma colostomia, ou seja, um furo em sua barriga por onde saem as fezes. Após o resultado do exame de DNA, o bebê deve iniciar o tratamento com a correção do sexo.

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