Depressão em adolescentes pode levar à automutilação
Especialistas alertam para a necessidade de mais diálogo entre pais e filhos
Saúde|Fabiana Grillo, do R7
É chocante ler em chats histórias de adolescentes que cortam braços e pernas sem motivo aparente e estampam cicatrizes e marcas de queimaduras na pele. Tamanha agressividade contra si mesmo é chamada de automutilação, conforme explica a psiquiatra Dra. Regina Alvares Biscaro, professora de psicoterapia da disciplina de Psiquiatria da Faculdade de Medicina do ABC.
— A automutilação é um distúrbio de comportamento que pode ter várias causas, entre elas, transtornos obsessivos, quadros depressivos ou o que chamamos de Transtorno de Personalidade Borderline, caracterizado pela impulsividade.
Depressão e automutilação em jovens: conte sua história para o R7
A especialista acrescenta que este comportamento agressivo também pode ser resultado do uso de drogas e álcool ou ainda uma tentativa de chamar a atenção dos pais. Para a psiquiatra Dra. Jackeline Giusti, do Ambulatório Geral da Infância e Juventude do Hospital das Clínicas de São Paulo, a automutilação atua como uma medicação para aliviar o estado emocional do adolescente.
— A automutilação é usada para aliviar sensações de angústia, tristeza e culpa, que também são sintomas da depressão.
Embora raro, o problema existe e precisa ser tratado adequadamente. De acordo com a psiquiatra do HC, alguns sinais podem indicar a necessidade de ajuda médica.
— Geralmente, os pais notam mudanças de comportamento, desinteresse por atividades que antes o filho gostava, queda de rendimento escolar, isolamento, uso de roupas de manga longa em dias quentes e cortes frequentes nos braços e pernas.
A médica da Faculdade de Medicina do ABC explica que o tratamento consiste em psicoterapia e, em alguns casos, medicação. Apesar de ser um pouco longo, ela garante que é possível superá-lo sem grandes prejuízos.
—É muito importante os pais manter-se próximos dos filhos, conhecer seus gostos pessoais e saber quem são seus amigos. Além disso, os adultos precisam dialogar mais com os adolescentes, impor limites e participar do seu dia a dia.
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