Inscrições para programa Mais Médicos terminam nesta quinta-feira
De acordo com o último balanço divulgado pela pasta, 45% das cidades aderiram ao pacote
Saúde|Do R7
As inscrições para o programa Mais Médicos terminam nesta quinta-feira (25). De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira (24), 45% das cidades haviam aderido ao programa. O pacote anunciado pelo governo federal tem como objetivo levar especialistas às regiões carentes, sobretudo nos municípios do interior e na periferia das grandes cidades.
Segundo a pasta, o número representa 2.552 municípios. Do total que aderiu à iniciativa, 887 (34%) estão em regiões de maior vulnerabilidade social e, por isso, consideradas prioritárias. E 34% das cidades (867) estão na região Nordeste. O Sudeste contou com 652 municípios participantes e o Sul, 620. Norte e Centro-Oeste registraram 207 e 206, respectivamente.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com ajuda de seus secretários, viajou o País com objetivo de “estimular a adesão dos municípios”. Ele foi a São Paulo (SP), Salvador (BA), Montes Claros (MG), Amazonas (MA), Belém (PA). Representantes da pasta e até a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres foram escalados e estiveram em Fortaleza (CE), Recife (PE) e Porto Alegre (RS).
45% das cidades aderiram ao programa Mais Médicos
Ações na Justiça
Contrárias ao Mais Médicos, entidades médicas ajuizaram ações na Justiça desde a semana passada. Nesta terça-feira (23), a AMB (Associação Médica Brasileira) entrou com uma ação na Justiça Federal pedindo a anulação do programa. No pedido, a associação questiona a falta de urgência e relevância do pacote do governo e a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil sem a validação de diplomas.
CFM entra com ação contra programa Mais Médicos
No mesmo dia, a Fenam (Federação Nacional dos Médicos), entidade que congrega os sindicatos da categoria, também ajuizou na nesta terça-feira uma ação civil pública na Justiça Federal contra o Programa Mais Médicos.
Na semana passada, o CFM (Conselho Federal de Medicina) ingressou com ação no dia 9 de julho. O CFM questiona a vinda dos médicos estrangeiros sem validação de diplomas, a falta de comprovação do domínio da língua portuguesa pelos candidatos e criação do que chamou de "subcategorias de médicos, com limitação territorial".
Gastos
O Ministério da Saúde e o Ministério da Educação anunciaram que estão investindo R$ 15 bilhões até 2014 na infraestrutura da rede pública de Saúde. Segundo o governo, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação de unidades básicas e UPAs, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.