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Meninas que tiveram pernas paralisadas após tomarem vacina contra HPV continuam internadas em SP

Três adolescentes reclamam de tremedeira, fortes dores de cabeça e falta de sensibilidade

Saúde|Do R7, com Fala Brasil e Agência Estado

Natália, de 13 anos, segue internada em hospital de Santos
Natália, de 13 anos, segue internada em hospital de Santos Natália, de 13 anos, segue internada em hospital de Santos

Três adolescentes que passaram mal após terem sido vacinadas contra o HPV continuavam internadas em hospital de Santos, litoral de São Paulo, nesta segunda-feira (8). Por enquanto, não há previsão de alta.

Pelo menos dez adolescentes de uma escola pública de Bertioga se queixaram de reação à segunda dose da vacina contra o papilomavírus (HPV), aplicada na última quinta-feira (4), em um grupo de estudantes.

Logo após a aplicação, as meninas deram entrada no pronto-socorro de Bertioga com queixas de dor de cabeça e dificuldades para caminhar, já que não sentiam as pernas. Oito estudantes tiveram alta no mesmo dia, mas três continuavam com os sintomas, sendo transferidas primeiramente para o Hospital Santo Amaro, em Guarujá, e depois para o Guilherme Álvaro, que é uma unidade estadual, considerada de referência para a região.

De acordo com a mãe de Natália, de 13 anos de idade, a adolescente está paralisada da cintura para baixo. A menina foi levada ao hospital, após tomar a vacina, teve alta, mas precisou retornar ao local. Natalia e as outras duas meninas, que estão internadas, ambas de 12 anos de idade, sentem os mesmos sintomas: tremedeira, fortes dores de cabeça e falta de sensibilidade nas pernas.

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Segundo hospital, elas passaram por testes com agulhas para medir a sensibilidade das pernas.

Às vésperas de campanha nacional, vacina contra HPV ainda gera polêmica entre especialistas

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A Secretaria Estadual de Saúde está acompanhando de perto os casos das 11 jovens e já descartou qualquer problema com o lote de vacinas utilizado em Bertioga. De acordo com a responsável pelo setor de Imunizações da secretaria, Helena Sato, a vacinação contra o HPV vai continuar em todo o Estado. Ela disse que não há nenhuma associação dos sintomas apresentados pelas adolescentes de Bertioga com a aplicação da vacina, uma vez que o mesmo lote, composto por 320 mil doses, vem sendo aplicado desde o início do mês em estudantes de todo o Estado de São Paulo.

Helena Sato lembrou que desde o dia 1º de setembro 20 mil meninas já foram imunizadas contra o HPV em todo o Estado e que só em Bertioga 400 adolescentes receberam a vacina, que tem como objetivo prevenir contra o câncer de colo de útero, que é a quarta causa de morte entre as mulheres. A primeira etapa da campanha foi desencadeada em março, quando 940 mil meninas foram vacinadas em todo o Estado.

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Vacinação contra HPV

A vacina contra o HPV (papiloma vírus humano) faz parte do calendário nacional de imunizações e, atualmente, está disponível gratuitamente apenas para meninas entre 11 e 13 anos. A segunda dose da vacina começou a ser aplicada no dia 1º deste mês. A vacinação será feita nos postos de saúde e em escolas públicas e particulares que mostrarem interesse em imunizar suas alunas. A primeira dose foi aplicada em março deste ano.

"Vacina contra HPV é altamente segura", garante especialista

O vírus do HPV é transmitido por meio do contato sexual e responsável pela quase totalidade dos casos de câncer de colo do útero. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), esse é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama, e a segunda causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

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