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R7 Brasília

Advogado de Lula na Lava Jato, Zanin é nomeado ministro do STF

Indicado ao cargo pelo presidente, o advogado teve o nome aprovado pelo Senado em 21 de junho; posse será em 3 de agosto

Brasília|Do R7, em Brasília

Cristiano Zanin em sabatina na CCJ do Senado
Cristiano Zanin em sabatina na CCJ do Senado

O advogado Cristiano Zanin foi oficialmente nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O decreto com a nomeação foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (5). Indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Zanin teve o nome aprovado pelo Senado em 21 de junho.

O advogado vai ocupar a cadeira de Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril. Ele tem 47 anos e atuou na defesa de Lula em processos na Operação Lava Jato.

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Zanin vai tomar posse no STF em 3 de agosto. A data foi definida no fim de junho, depois de uma reunião entre Zanin e a presidente da Corte, a ministra Rosa Weber.

Durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Zanin afirmou que atuaria com imparcialidade na Corte. Ele garantiu que não seria subordinado a Lula, a despeito da relação próxima com o chefe do Executivo federal.


Ações que pedem inelegibilidade de Bolsonaro

Em 24 de junho, Zanin deixou a defesa de duas ações da coligação eleitoral de Lula que pedem ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A mulher dele, Valeska Teixeira Zanin Martins, e os demais advogados envolvidos nos casos continuam na defesa das ações.

Nos processos, a coligação Brasil da Esperança alega que Bolsonaro abusou dos poderes político e econômico e fez mau uso dos meios de comunicação durante a campanha presidencial de 2022.


Herança

No STF, o advogado deve herdar um acervo de processos considerado enxuto, de 552 ações, mas com casos de destaque. Entre os temas estão as regras da Lei das Estatais sobre nomeação de conselheiros e diretores e a validade do decreto do presidente Lula que restabelece as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins, que haviam sido reduzidas à metade no penúltimo dia da gestão de Bolsonaro.

Segundo dados do Programa Corte Aberta, o acervo deixado por Lewandowski é o segundo menor da Casa. Dos 552 processos, 59,6% estão em fase de decisão. Os que ainda não atingiram esse patamar aguardam o cumprimento de etapas externas — como intimações e manifestações, cumprimento de prazos processuais e manifestação de terceiros interessados — ou estão sobrestados em razão de outro processo que tramite no Supremo.

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