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R7 Brasília

‘Agradecer por estar vivo’, diz Lula ao comentar plano para envenená-lo

Presidente comentou operação da PF que prendeu 5 pessoas envolvidas em tentativa de golpe de Estado após eleições de 2022

Brasília|Do R7, em Brasília

Lula comentou plano de assassinato revelado pela PF Joédson Alves/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (21) que tem que agradecer por estar vivo, em referência ao plano de assassinato revelado pela Polícia Federal nesta semana. “Sou um cara que tem que agradecer muito mais porque estou vivo. A tentativa de envenenar eu e o [Geraldo] Alckmin não deu certo, estamos aqui”, disse.

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A declaração foi feita durante cerimônia de divulgação do Programa de Otimização de Contratos de Concessão de Rodovias, no Palácio do Planalto.

No evento, Lula prosseguiu com recados aos envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. “Não quero envenenar ninguém. Eu não quero nem perseguir ninguém”, disse.

Nessa terça-feira (19), a PF prendeu cinco pessoas na Operação Contragolpe, por planejarem um golpe de Estado para impedir a posse de Lula e “restringir o livre exercício do Poder Judiciário”.


A operação revelou um plano detalhado denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que tinha como objetivo a execução do então presidente eleito Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, com data prevista para 15 de dezembro de 2022. O plano também mencionava a morte do ministro Alexandre de Moraes, que vinha sendo monitorado constantemente, caso a ação golpista fosse bem-sucedida.

“Quero medir com números quem fez mais escolas neste país, quem cuidou mais dos pobres deste país, quem fez mais estrada, quem fez mais pontes, quem pagou mais salário mínimo . É isso que eu quero medir porque é isso que conta no resultado da governança”, continuou o presidente.


Ainda em referência às revelações da PF, Lula disse que é preciso construir um Brasil “sem perseguição, sem estímulo do ódio, sem estímulo às desavenças”.

Nesta quinta, o R7 apurou que a PF deve indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado. Os ex-ministros general Augusto Heleno e Braga Netto, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem também deverão ser indiciados pelos investigadores.


A lista com os nomes dos indiciados deve ser enviada ainda nesta quinta ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Entre militares e ex-assessores, a expectativa é que dezenas de pessoas sejam indiciadas.

Segundo fontes ouvidas pela RECORD, Eles serão acusados por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa pelo planejamento e tentativa de execução de um golpe militar para evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O documento encontrado pela PF na casa do general Mário Fernandes apontava as ações necessárias e já em andamento para identificar a segurança pessoal de Moraes, como equipamentos de segurança, armamentos, veículos blindados, os itinerários e horários do ministro. Eles também estudavam rotas de deslocamento entre os locais de frequente estadia de Moraes.

Os militares presos pela PF planejavam matar os alvos com bomba ou envenenamento. O plano citava a “vulnerabilidade de saúde” do presidente e a ida frequente a hospitais e avaliavam a possibilidade “de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”.

Depois, para o plano prosseguir, eles teriam que matar o vice-presidente. O plano também contava com “baixas aceitáveis” dos militares participantes da ação.

O objetivo seria inviabilizar a chapa de Lula que concorria às eleições em 2022. Segundo o documento, a “neutralização extinguiria a chapa vencedora”. Para a PF, o planejamento tinha “características terroristas”, “no qual constam descritos todos os dados necessários para a execução de uma operação de alto risco”.

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