Ao vivo: veja posse de Gleisi, nas Relações Institucionais, e Padilha, da Saúde
Essa é a segunda reforma ministerial deste mandato de Lula — a primeira ocorreu em setembro de 2023
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dá posse, nesta segunda-feira (10), aos novos ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (acompanhe ao vivo a cerimônia). O evento está marcado para as 15h, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Com as mudanças, o governo busca fortalecer a articulação política, e partidos da base aliada veem o momento como uma oportunidade de maior participação na gestão.
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Essa é a segunda reforma ministerial deste mandato de Lula — a primeira ocorreu em setembro de 2023, para acomodar siglas do Centrão. Inicialmente, Padilha, que chefiava a pasta agora comandada por Gleisi, assumiria o Ministério da Saúde na última quinta-feira (6), mas a cerimônia foi adiada para evitar esvaziamento devido à semana do Carnaval.
Ele assume o lugar de Nísia Trindade, que estava no cargo desde o início do governo. Nos bastidores, as principais críticas à gestão de Nísia eram a falta de uma “marca” na Saúde e a condução do combate à dengue. Ela foi a terceira mulher do primeiro escalão de Lula a ser demitida — todas foram substituídas por homens. Daniela Carneiro, ex-ministra do Turismo, e Ana Moser, ex-ministra do Esporte, deixaram o governo em julho e setembro de 2023, respectivamente.
O terceiro mandato de Lula começou com 11 ministras. Após as saídas de Carneiro e Moser, o número caiu para 9, mas voltou a 10 com a demissão do então ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, em setembro do ano passado, por denúncias de assédio. Ele foi substituído por Macaé Evaristo. Com a saída de Nísia e a entrada de Gleisi, o governo segue com 10 ministras.
À frente das Relações Institucionais, cargo antes ocupado por Padilha, Gleisi será responsável pela articulação política entre o Executivo e o Legislativo. Parlamentares avaliam que ela terá uma boa relação com o Congresso; no entanto, congressistas ouvidos pelo R7 ponderam que seu nome “não era o esperado” pelo Centrão, que aguardava a indicação de alguém mais alinhado ao bloco.
A deputada retorna ao Palácio do Planalto como ministra 11 anos após comandar a Casa Civil no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ela é considerada uma aliada fiel de Lula e pertence a uma ala mais à esquerda do PT.