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R7 Brasília

Após 'rachadinhas', Alcolumbre diz sofrer campanha difamatória

Revista aponta desvio de R$ 2 milhões de salários de servidores no gabinete do senador, com conhecimento dele

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Senador Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado e atual presidente da CCJ
Senador Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado e atual presidente da CCJ

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente do Senado e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, disse nesta sexta-feira (29) que está "sofrendo uma campanha difamatória sem precedentes". A fala do parlamentar ocorre após a revista Veja publicar uma reportagem que aponta um suposto esquema de "rachadinha" (desvio de salário de servidores) no gabinete do senador, que envolveria R$ 2 milhões. Segundo a publicação, a fraude teria sido cometida com o conhecimento de Alcolumbre.

O senador negou o caso. "Nunca, em hipótese alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos mencionados, de que somente tomei conhecimento agora, por ocasião dessa reportagem", ressaltou. Alcolumbre afirmou que tomará "as providências necessárias para que as autoridades competentes investiguem os fatos". Ele alegou que tem sido alvo de ataques.

"Há algumas semanas soltei nota à imprensa informando que não aceitaria ser ameaçado, intimidado e tampouco chantageado. Pois bem, além de repetir firmemente o mesmo posicionamento, acrescento que tenho recebido todo tipo de 'aviso', enviado por pessoas desconhecidas, que dizem ter informações sobre uma orquestração de denúncias mentirosas contra mim", disse em nota.

O parlamentar citou a operação da Polícia Federal, deflagrada há alguns dias, que atingiu o ex-deputado estadual pelo Amapá e primo do senador, o empresário Isaac Alcolumbre. A investigação envolve suspeita de esquema de tráfico internacional de drogas. O senador afirmou que a operação foi iniciada em 2020, "com desdobramento somente agora, em vários estados", e queixou-se do fato de que seu nome tenha sido atrelado ao caso mesmo ele não sendo investigado.


"Continuarei exercendo meu mandato sem temor e sem me curvar a ameaças, intimidações, chantagens ou tentativas espúrias de associar meu nome a qualquer irregularidade. É nítido e evidente que se trata de uma orquestração por uma questão política e institucional da CCJ e do Senado Federal", afirmou, sem detalhar.

A reportagem que envolve Alcolumbre traz entrevista com seis ex-funcionárias do gabinete do senador que afirmam ter sido contratadas para cargos, mesmo sem capacitação técnica, com salários que variavam de R$ 4 mil a R$ 14 mil. Elas alegaram que não recebiam os vencimentos de forma integral e eram obrigadas a devolver a maior parte dos valores.

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