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Aras vai ao Amazonas para discutir ações contra o crime na região

Procurador-geral da República vai ter encontros com investigadores da morte de Dom Phillips e de Bruno Pereira

Brasília|Do R7, em Brasília

O procurador-geral da República, Augusto Aras
O procurador-geral da República, Augusto Aras O procurador-geral da República, Augusto Aras

O procurador-geral da República, Augusto Aras, vai neste domingo (19) a Tabatinga, no Amazonas, discutir a atuação do Ministério Público Federal (MPF) na região e a articulação com outros órgãos públicos como forma de combater crimes. A decisão vem após o assassinato do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira, na região do Vale do Javari. Três homens já foram presos por suspeita de ligação com os crimes.

Aras vai se reunir com os coordenadores das câmaras de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais e Criminal do MPF e com o procurador dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena. Também serão discutidas formas de enfrentamento a violações de direitos indígenas, diz nota divulgada pela instituição.

Imagem de satélite da região do Vale do Javari, onde lancha com jornalista e indigenista desapareceu
Imagem de satélite da região do Vale do Javari, onde lancha com jornalista e indigenista desapareceu Imagem de satélite da região do Vale do Javari, onde lancha com jornalista e indigenista desapareceu

Devem participar da série de reuniões representantes do Exército, da Polícia Federal, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e de outras instituições. Aras também deve se reunir com os responsáveis diretos pela investigação dos assassinatos de Bruno e Dom.

O caso

O jornalista britânico e o indigenista brasileiro desapareceram na região do Vale do Javari, no Amazonas, no último dia 5. Eles partiram rumo à cidade de Atalaia do Norte, mas não chegaram ao destino. Eles pretendiam realizar entrevistas para a produção de um livro e reportagens sobre invasões nas terras indígenas da região.

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Dois irmãos, Amarildo dos Santos, mais conhecido como "Pelado", e seu irmão, Osoney da Costa, já haviam sido presos como autores dos crimes. Amarildo teria confessado que matou o indigenista e o jornalista, esquartejou seus corpos e ateou fogo neles com a ajuda do irmão. Ele indicou à polícia o local onde os cadáveres teriam sido enterrados.

Perícia feita pela Polícia Federal nos restos mortais encontrados na região confirmou que parte do material era do jornalista britânico e, outra parte, do indigenista brasileiro. A polícia ainda faz testes no Instituto de Criminalística Federal, em Brasília, para investigar as circunstâncias do crime (veja vídeo abaixo).

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Neste sábado (18), a Polícia Civil do Amazonas prendeu o terceiro homem suspeito de envolvimento com os crimes. O suspeito é Jeferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha". Ele era considerado foragido.

De acordo com nota divulgada pela Polícia Federal, que coordena a força-tarefa montada para elucidar o crime, Lima se entregou na Delegacia de Polícia de Atalaia do Norte nesta manhã. Ele será interrogado e encaminhado para audiência de custódia.

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Região de conflitos

O Vale do Javari é palco de conflitos que envolvem garimpo, extração de madeira, pesca ilegal e narcotráfico. Com 8,5 milhões de hectares, a terra indígena fica no extremo oeste do Amazonas, na fronteira com o Peru, e abriga ao menos 14 grupos isolados — a maior população indígena não contatada do mundo.

A área é a segunda maior terra indígena do país — atrás apenas da Yanomami, em Roraima, na divisa com a Venezuela, que tem 9,4 milhões de hectares — e tem acesso restrito, possível apenas por avião ou barco.

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