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Baptista Júnior diz que sofreu ataques para mudar postura legalista

Militar é testemunha de defesa do ex-major do Exército Aílton Barros, réu no núcleo 4 da suposta organização criminosa

Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

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Carlos de Almeida Baptista Júnior comandou FAB durante governo Bolsonaro Gustavo Sales/Câmara dos Deputados - 05.05.2021

O ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, afirmou nesta terça-feira (15) que foi alvo de ataques nas redes sociais para fazê-lo mudar sua postura legalista durante o período de transição de governo, entre o fim de 2022 e o início de 2023.

A declaração foi dada durante as oitivas no STF (Supremo Tribunal Federal), no âmbito da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • Baptista Júnior afirma ter sofrido ataques nas redes sociais para mudar sua postura legalista.
  • Depoimento ocorreu no STF durante a investigação de tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro.
  • Baptista Júnior e Marco Antônio Freire Gomes são testemunhas de defesa de Aílton Barros, réu no caso.
  • Freire Gomes teria alertado Bolsonaro sobre consequências caso tentasse um golpe, mas enfrentou crítica do ministro Alexandre de Moraes por inconsistências em seu depoimento.

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O militar é testemunha de defesa do ex-major do Exército Aílton Barros, réu no núcleo 4 da suposta organização criminosa investigada.

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Questionado pela defesa se sofreu pressões no período em que comandava a Aeronáutica, Baptista Júnior respondeu:


“A sociedade está bastante doente com o radicalismo. Sem dúvidas, os ataques direcionados a mim tinham, em grande parte, o desejo de fazer com que mudássemos a nossa postura legalista. As tentativas serão sempre infrutíferas.”

Na mesma audiência, também foi ouvido o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes, igualmente arrolado como testemunha de defesa de Aílton Barros. Ambos comandaram suas respectivas Forças Armadas durante o governo Bolsonaro.


Outros depoimentos

Durante depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) na ação penal contra uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, o ex-comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior disse que o ex-comandante do Exército e general da reserva Marco Antônio Freire Gomes teria ameaçado prender o ex-presidente Jair Bolsonaro se ele tentasse dar um golpe de Estado.

“O general Freire Gomes é uma pessoa polida, educada. Logicamente ele não falou essa parte com agressividade com o presidente da República, ele não faria isso. Mas é isso que ele falou. Com muita tranquilidade, com muita calma, mas colocou exatamente isso: ‘Se o senhor tiver que fazer isso, vou acabar lhe prendendo’”, disse Baptista Junior.


O depoimento aconteceu no âmbito do julgamento do Núcleo 1 da trama golpista, que conta com o ex-presidente Jair Bolsonaro como réu.

Freire Gomes levou bronca de Moraes

No depoimento ao STF, Freire Gomes levou uma bronca do ministro do STF Alexandre de Moraes e o alertou por entender que o militar estivesse mentindo.

Moraes advertiu Freire Gomes depois de o general apresentar uma versão diferente da que tinha dado em depoimento à Polícia Federal sobre uma reunião em que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria apresentado aos então comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica um plano para um golpe de Estado.

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