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Bolsonaro diz que Moraes, do STF, se comporta como líder de partido de esquerda

Chefe do Executivo voltou a criticar ministros da Corte e disse que Moraes, Fachin e Barroso 'infernizam' não o presidente, mas o país

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro O presidente Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira (20). Ele afirmou que Alexandre de Moraes, que assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral em agosto, tem sido o mais atuante contra o país, comportando-se "como líder de partido de esquerda".

"Temos três ministros que infernizam, não é o presidente, é o Brasil. É o Fachin, Barroso e Moraes. Esse último é o mais ativo e se comporta como líder de partido de esquerda, de oposição, o tempo todo", disse Bolsonaro em entrevista à TV Correio da Manhã.

As críticas vieram um dia após Bolsonaro cumprimentar Moraes em cerimônia de posse de ministros do TST (Tribunal Superior do Trabalho). O aperto de mãos também ocorreu na mesma semana em que o presidente entrou com uma queixa-crime contra Moraes, um dos últimos atritos de diversos episódios entre ambos.

Antes da cerimônia, os dois estiveram juntos na sala VIP, mas não se falaram. No entanto, ao se despedir, Moraes agradeceu ao presidente do TST pela iniciativa de quebrar o protocolo e abrir espaço para o cumprimento de Bolsonaro. Antes de deixar o TST, Moraes ainda se despediu do presidente com um novo aperto de mãos.

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Na última quarta-feira (18), o ministro Dias Toffoli, do STF, negou prosseguimento da ação movida por Bolsonaro contra Moraes. "Os fatos descritos na 'notícia-crime' não trazem indícios, ainda que mínimos, de materialidade delitiva, não havendo nenhuma possibilidade de enquadrar as condutas imputadas em qualquer das figuras típicas apontadas", declarou o magistrado em sua decisão.

Bolsonaro havia ajuizado ação contra Moraes por entender que era injustificada a investigação no inquérito das fake news. Para o presidente, há "um evidente excesso" e não existiu "a ocorrência de nenhum crime nos fatos investigados". Uma das queixas é que o ministro não permitiu o acesso da defesa aos autos.

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"Por que essa ação, esse inquérito das fake news? Primeiro que fake news não existe. Nos acusam de gabinete de ódio. Me apresenta uma matéria, não tem", disse Bolsonaro.

A notícia-crime pede "a instauração de investigação em face do ministro Alexandre de Moraes para apurar cinco fatos e o possível cometimento dos delitos". A ação cita duração não razoável da investigação, negativa de acesso aos autos, prestação de informação inverídica sobre procedimento, exigência de cumprimento de obrigação sem amparo legal e instauração de inquérito sem justa causa

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Após ter seu pedido negado, o presidente acionou a Procuradoria-Geral da República, que ainda não se manifestou. O procurador Augusto Aras deve elaborar um parecer sobre a representação e enviá-lo ao STF, responsável por decidir se a ação continuará tramitando.

Depois da acusação de abuso de autoridade, Bolsonaro e Moraes se cumprimentaram em cerimônia de posse de ministros do Tribunal Superior do Trabalho nesta quinta-feira (19). O chefe do Executivo encontrou o magistrado sentado, pediu que ele se levantasse e o cumprimentou.

O presidente do TST, Emmanoel Pereira, quebrou o protocolo e pediu que Bolsonaro condecorasse os novos ministros, tarefa reservada ao próprio presidente do tribunal.

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