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Bolsonaro: Forças Armadas não cumprirão ordens absurdas

Presidente nega que induziria militares a agir contra a Constituição

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro negou, nesta segunda-feira (27), que as Forças Armadas aceitariam cumprir qualquer tipo de "ordem abusrda" determinada por ele ou outro governante.

O chefe do Executivo, contudo, não explicou a qual tipo de ordem estava se referindo. Além disso, Bolsonaro destacou que os militares merecem respeito.

"As Forças Armadas estão aqui. Elas estão ao meu comando. Sim, ao meu comando. Se eu der uma ordem absurda, elas vão cumprir? Não. Nem a minha, nem a de governo nenhum. E as Forças Armadas têm que ser tratadas com respeito", frisou Bolsonaro, durante solenidade no Palácio do Planalto em alusão aos mil dias de governo.

Nos últimos meses, ele passou a ser criticado por discursos nos quais disse que os militares "devem apoio total às decisões do presidente". As falas aconteceram em um momento em que Bolsonaro criticava constantemente decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o governo ou apoiadores dele. Em Brasília, houve o receio de que o presidente estivesse induzindo as Forças Armadas a participar de um eventual golpe de Estado para barrar a atuação da Suprema Corte.

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No evento desta segunda, o presidente defendeu a presença de militares no seu governo. Segundo ele, quando criaram o Ministério da Defesa, em 1999, não foi por uma necessidade militar, mas, sim, por uma imposição política para tirar os militares do Palácio do Planalto.

"Alguns criticam porque eu botei militar demais. Mais até proporcionalmente do que os governos de Castelo Branco a Figueiredo. Sim, é verdade. É meu ciclo amizade. Assim como de outros presidentes foram de outras pessoas. Era o ciclo de amizade deles", comentou o presidente.

Bolsonaro ainda criticou as pessoas que reclamam da participação de militares na estrutura do Executivo. "Compare, hoje, todos os nossos ministros, incluindo os civis, com o que nos antecederam. É simples. Queremos a volta disso? O ministério do passado, o Transporte, hoje Infraestrutura, era um foco de corrupção e escândalo semanal", questionou.

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