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Câmara convoca para esta quarta-feira instalação de comissão especial para PEC da anistia

Essa é a última fase da proposta antes de votação no plenário; se aprovada, a PEC perdoará irregularidades eleitorais de políticos 

Brasília|Camila Costa, do R7, em Brasília

Comissão será instalada na Câmara para discutir PEC da anistia
Comissão será instalada na Câmara para discutir PEC da anistia Comissão será instalada na Câmara para discutir PEC da anistia

Foi convocada para esta quarta-feira (12) a reunião de instalação da comissão especial que discutirá a proposta de emenda à Constituição (PEC) da anistia (9/23). Essa é a última fase da proposta antes da votação no plenário da Câmara dos Deputados.

Se aprovada, a PEC perdoará políticos que cometeram irregularidades eleitorais, como o não cumprimento do repasse mínimo de verbas a mulheres nas eleições de 2022 e o desrespeito às prestações de contas anteriores a 5 de abril de 2022.

A comissão terá 34 integrantes, e, após a instalação, serão eleitos o presidente e o relator do colegiado. Estão cotados para os cargos Diego Coronel (PSD-BA) e Antonio Carlos Rodrigues (SP), respectivamente. 

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A leitura do ato da presidência que autoriza a criação da comissão foi feita em plenário em 13 de junho. A proposta foi protocolada em 22 de março e teve a assinatura de 184 deputados de diversos blocos e posicionamentos — PL, Republicanos, PSDB, PSB, PDT, PSD, Avante e Podemos —, bem como a dos líderes do governo, José Guimarães (PT-CE), e da oposição, Carlos Jordy (PL-RJ).

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Em 16 de maio, a proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), baseada em relatório do deputado Diego Coronel (PSD-BA) pela admissibilidade. Para ser aprovada em plenário, a PEC precisará do apoio mínimo de 60% dos parlamentares (308 de 513 na Câmara e 49 de 81 no Senado), em dois turnos de votação em cada Casa. Uma vez promulgada, não pode ser vetada pelo Poder Executivo.

A proposta

A PEC perdoa também os partidos que não cumpriram as regras de cotas de raça nas eleições de 2022. Além disso, as legendas que tiveram a prestação de contas rejeitada ficarão livres de punições. A PEC autoriza ainda aos partidos que arrecadem recursos de pessoas jurídicas para quitar dívidas com fornecedores contraídas até agosto de 2015 e proíbe qualquer punição a ilegalidades cometidas até a promulgação da emenda constitucional.

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Para o autor do texto, Paulo Magalhães (PSD-BA), a proposta visa estabelecer um “marco inicial” para a aplicação de sanções, pela Justiça Eleitoral, pelo não cumprimento das regras. Isso porque o Congresso Nacional promulgou a emenda constitucional nº 117, que trata do tema, em 5 de abril de 2022.

Confira os pontos da PEC da anistia:

• Não serão aplicadas sanções de nenhuma natureza, inclusive de devolução e recolhimento de valores, multa ou suspensão do fundo partidário e do fundo especial de financiamento de campanha, aos partidos que não preencheram a cota mínima de recursos ou que não destinaram os valores mínimos em razão de sexo e raça nas eleições de 2022 e anteriores;

• Não incidirão sanções de nenhuma natureza, inclusive de devolução e recolhimento de valores, multa ou suspensão do fundo partidário e do fundo especial de financiamento de campanha, nas prestações de contas de exercício financeiro e eleitorais dos partidos políticos que se derem anteriormente à promulgação desta alteração de emenda constitucional; e

• Fica permitida a arrecadação de recursos de pessoas jurídicas por partido político, em qualquer instância, para quitar dívidas com fornecedores contraídas ou assumidas até agosto de 2015.

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