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Canal do TSE no Telegram tem 787 inscritos e maioria de reações negativas

Na primeira semana da conta, criada para combater fake news, maioria das manifestações no app era desfavorável ao órgão

Brasília|Alan Rios, do R7, em Brasília

Canal do TSE no Telegram
Canal do TSE no Telegram Canal do TSE no Telegram

Nos primeiros dias de funcionamento do canal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Telegram, o órgão, que está em campanha para combater as fake news, recebeu manifestações negativas. A rede social permite que os usuários enviem reações em formas de emojis para cada mensagem. Em todas as sete publicações do TSE no Telegram — que vão desde informações sobre fundo partidário até dicas de como acessar fontes confiáveis —, o emoji de "cocô" é o mais enviado.

A recém-inaugurada página do TSE tinha 787 inscritos até domingo (22). A postagem do Tribunal com maior número de reações negativas foi feita na última quinta-feira (19), quando o órgão publicou que "o combate às fake news é uma das prioridades da Justiça Eleitoral" e disponibilizou "ferramentas para levar informação verdadeira sobre o sistema eleitoral brasileiro".

O TSE e o aplicativo assinaram um acordo em que o Telegram se compromete a realizar seis ações para evitar a interferência de desinformações nas eleições deste ano. A primeira, já em prática, foi a criação do canal do Tribunal na plataforma com uma verificação de autenticidade. Já um dos principais itens firmados, está a futura funcionalidade de marcação de conteúdos com informações falsas, para advertir sobre postagens com notícias que não são verídicas.

O documento é firmado no ano em que a empresa virou alvo de determinações de bloqueio pelo STF e movimentou debates públicos. Em 18 de março, o ministro Alexandre de Moraes notificou a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para impedir o aplicativo de funcionar no Brasil, alegando que representantes do Telegram não responderam aos contatos do Judiciário brasileiro para tratar do combate a fake news.

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A ação acabou revogada dois dias depois, quando a plataforma fez contato para solucionar as questões, mas já havia gerado uma série de críticas de autoridades. O presidente Jair Bolsonaro disse que a decisão podia até "causar óbitos", pois a plataforma é utilizada para contatos entre médicos, pacientes e hospitais. O vice-presidente Mourão classificou a determinação de Moraes como censura.

Bolsonaro, inclusive, publicou uma mensagem com informações sobre um suposto ataque de hackers contra o TSE e teve a postagem apagada pelo Telegram, por decisão de Moraes, também em março. Apoiadores do presidente avaliaram o pedido de bloqueio do aplicativo e a exclusão da mensagem como uma perseguição política. O R7 mostrou que Bolsonaro tinha 13 vezes mais inscritos do que todos os outros pré-candidatos somados à época. Atualmente, a conta do presidente no Telegram tem 1.336.031 inscritos. 

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