CCJ vai analisar na semana que vem novo parecer da reforma tributária
Texto em discussão foi colocado como prioridade do Congresso na abertura do ano legislativo
Brasília|Isabella Macedo, da RecordTV, em Brasília
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado vai analisar o texto que propõe uma reforma no sistema de tributação brasileira na quarta-feira (16) da semana que vem. O relator do projeto, senador Roberto Rocha (PL-MA), afirmou à RecordTV que vai apresentar um novo texto, acatando algumas das emendas apresentadas. No fim da tarde desta terça-feira (9), o senador esteve com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para o que definiu como uma “reunião de alinhamento”.
“Lógico que em um tema tão complexo é impossível de alcançar a unanimidade, por isso sempre haverá pontos de atenção. Apresentarei um novo relatório pois novas emendas continuam chegando e faz-se necessário analisá-las”, disse o senador. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) estava prevista para ser analisada depois da semana do carnaval, como prometido pelo presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Ao sair da reunião com Guedes, Rocha afirmou que não haverá nenhuma alteração substancial, mas apontou que um dos temas abordados é a questão dos combustíveis. O senador, entretanto, não deu detalhes sobre qual seria a possível solução para ajudar na redução dos preços. "A gente discute, por exemplo a questão dos combustíveis. Então, a gente vê o que a gente pode fazer para poder dar algum comando constitucional pra buscar uma solução definitiva", afirmou.
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Uma versão anterior do relatório foi lida na semana antes do carnaval, no dia 23 de fevereiro. O acordo firmado foi que a comissão tivesse a semana do carnaval para analisar o texto e sugerir emendas (sugestões de alteração ao projeto), que podem ou não ser acatadas pelo relator. Para que os senadores tivessem mais tempo para apresentar emendas, a análise do texto ficou para o próximo dia 16. A expectativa é que a pauta tenha prioridade para seguir para o plenário do Senado.
A reforma tributária foi apontada como prioridade pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na abertura do ano legislativo, no início de fevereiro. Na ocasião, Pacheco afirmou que o tema é um compromisso da Casa.
“Precisamos promover a simplificação do sistema de arrecadação. Temos o compromisso de avançar nas propostas que já estão em discussão, como é o caso especial da PEC 110. Este pleito é do setor produtivo, dos contribuintes, dos entes subnacionais. Sabemos da complexidade do tema, mas entendemos que o crescimento de nosso país depende disso, sendo uma prioridade do Congresso Nacional para 2022”, ressaltou Pacheco na época.