Célia Xakriabá aciona STF por ação policial durante marcha indígena
Deputada cita lesão corporal e omissão de socorro; pedido feito à Corte cobra investigação e condenação de servidores
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

A deputada Célia Xakriabá (PSOL-RJ) acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) com pedido de apuração às ações policiais aplicadas durante marcha indígena. O movimento foi confirmado nesta sexta-feira (11), um dia após o protesto do ATL (Acampamento Terra Livre), em Brasília.
A ofensiva policial iniciada para parar manifestantes também atingiu a deputada, que conta ter sido alvo de gás lacrimogênio e spray de pimenta. A parlamentar destaca, ainda, ter sido impedida de entrar na Câmara.
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“Não pode colocar o cocar na cabeça. Por que não são capazes de me reconhecer como autoridade quando estou no meio do meu povo, com o rosto pintado?”, indagou Célia em declaração a jornalistas.
No pedido encaminhado a Corte, ao qual o R7 teve acesso, Célia pede abertura de uma investigação do caso e cobra punição a servidores que barraram a entrada dela nas dependências do Congresso. A deputada ainda solicita um pedido de desculpas.
“Determinação para que a instituição responsável pela atuação dos agentes de segurança envolvidos nos fatos — a ser identificada no curso da apuração — apresente pedido público e formal de desculpas, não apenas à deputada federal Célia Xakriabá, em razão da violência sofrida no exercício legítimo de suas prerrogativas parlamentares, mas também aos povos indígenas presentes na manifestação", diz trecho do pedido enviado ao Supremo.
O pedido encaminhado ao STF cita cinco áreas para serem avaliadas, entre o governo do Distrito Federal, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Detran — todos do DF — e a Polícia Legislativa.
Além do pedido ao Supremo, Célia registrou um boletim de ocorrência junto à Polícia Legislativa. No depoimento, a deputada afirma que o grupo não viu que grades de proteção haviam sido derrubadas e seguiram caminhada ao gramado para realizar um canto de encerramento do ato.
O registro também conta com a afirmação dela de que houve uso de artefatos, como gás de pimenta, e que ela queimou dois dedos, além de ter sido impedida de entrar na Câmara.
A bancada do PSOL também apresentou um pedido ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que haja posicionamento e sejam adotadas medidas sobre a atuação da Polícia Legislativa.
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