Com 1,7 mil vagas, gestão governamental será maior área do 'Enem dos concursos'
Serão 6.640 vagas para 21 órgãos, com provas em 5 de maio; valores da inscrição vão variar entre R$ 60 e R$ 90
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
O bloco de gestão governamental e administração pública será a maior área do primeiro Concurso Nacional Unificado (CNU), chamado de "Enem dos concursos", com 1.748 vagas oferecidas. Os oito editais de todos os blocos serão divulgados pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos na tarde desta quarta-feira (10). As inscrições ficarão abertas entre 19 de janeiro e 9 de fevereiro, e a expectativa é que as provas sejam aplicadas em 5 de maio, em dois turnos. O governo federal espera de 2 a 3 milhões de inscrições.
Serão oito blocos: infraestrutura, exatas e engenharias; tecnologia, dados e informação; ambiental, agrário e biológicas; trabalho e saúde do servidor; educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos; setores econômicos e regulação; gestão governamental e administração pública; e nível intermediário.
De acordo com o ministério, o concurso terá validade de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por igual período. Confira os cargos e especialidades por órgão.
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Veja as vagas disponíveis para cada bloco:
• Infraestrutura, exatas e engenharias: 727
• Tecnologia, dados e informação: 597
• Ambiental, agrário e biológicas: 530
• Trabalho e saúde do servidor: 971
• Educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos: 1.016
• Setores econômicos e regulação: 359
• Gestão governamental e administração pública: 1.748
• Nível intermediário: 692
Para participar, será preciso pagar R$ 90 para as vagas de nível superior e R$ 60 para os cargos de ensino médio. Pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e doadoras de médula óssea, além de estudantes bolsistas do Programa Universidade Para Todos (ProUni) e com financiamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), vão poder solicitar isenção da taxa. As inscrições serão válidas para todo o bloco escolhido.
O CNU é inspirado no modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para "democratizar o acesso às vagas públicas a partir da dispersão geográfica". As provas devem ser realizadas em 220 cidades do Brasil. A banca escolhida foi a Cesgranrio, que desbancou instituições como a Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). A princípio, seriam 217 municípios, mas Santos (SP), Petrópolis (RJ) e Blumenau (SC) foram incluídos na lista.
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A previsão é disponibilizar 5.141 locais de aplicação, com 77.242 salas de prova, separadas por blocos temáticos. O ministério calcula 1.419 rotas de distribuição para levar os certames aos 220 municípios. A previsão da pasta é comportar 46 candidatos por sala. De acordo com o ministério, 94,6% da população brasileira estará a até 100km dos locais de prova. Quanto à força de trabalho, o governo estima 350 mil pessoas envolvidas no concurso.
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, concedeu entrevista coletiva nesta quarta (10). A titular classificou o CNU como "uma das maiores inovações" da pasta em 2023. "É um processo de ir mudando a cara do Estado brasileiro, para garantir um Estado que realmente seja um pouco a cara da população brasileira", destacou Esther.
A ministra informou que as vagas para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) terão reserva de 30% para pessoas indígenas. As especifidades de cotas estabelecidas em lei serão cumpridas para todos os órgãos. Segundo Esther, a intenção do governo é convocar todos os aprovados ainda neste ano.
A proposta é que o candidato opte por um dos blocos das áreas de atuação governamental no momento da inscrição. Após a escolha, os candidatos deverão indicar o cargo/carreira pretendidos por ordem de preferência entre as vagas disponíveis no bloco de escolha.
Com isso, será possível realizar as provas objetivas (comuns a todos os candidatos) e as provas específicas (objetivas e dissertativas) do bloco de escolha. As questões específicas serão definidas pelas comissões organizadoras dos diferentes órgãos e entidades públicas cujos cargos/carreiras compõem um determinado bloco.
Confira as vagas por órgão
• Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI): 1.480
• Ministério do Trabalho e Emprego (MTE): 900
• Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA): 742
• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 620
• Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e Instituto Nacional de Meteorologia (INMET): 520
• Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI): 502
• Advocacia Geral da União (AGU): 400
• Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): 310
• Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI): 296
• Ministério da Saúde: 220
• Ministério da Justiça e Segurança Pública: 130
• Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC): 110
• Ministério da Educação (MEC): 70
• Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO): 60
• Ministério da Cultura (MINC): 50
• Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP): 50
• Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL): 40
• Ministério dos Direitos Humanos (MDH): 40
• Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC): 40
• Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ): 30
• Ministério dos Povos Indígenas (MPI): 30