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Como usar o 13º salário para garantir um início de ano mais tranquilo? Especialistas respondem

Pagamento deve ser realizado em sua totalidade até 20 de dezembro, mas é preciso cautela e planejamento para fazê-lo render

Brasília|Débora Sobreira, do R7, em Brasília*

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Valor não deve ser encarado como "renda extra", segundo especialistas Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Entre dívidas, presentes e celebrações de final de ano, são muitas as possibilidades de uso do 13° salário. Mas para quem enfrenta dívidas ou busca um melhor controle financeiro, é essencial fazer uso desses valores de forma cautelosa e planejada.

Especialistas de áreas de finanças entrevistados pelo R7 compartilham orientações sobre os gastos deste pagamento para iniciar um novo ano com menos dívidas e mais investimentos.


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Dicas gerais

“O 13º é, na prática, um ‘colchão de proteção’ para o começo do ano, que é um período naturalmente mais pesado com IPVA, IPTU, matrícula escolar e faturas das festas”, afirma André Mirsky, economista e consultor financeiro. Segundo ele, a melhor forma de administrar esse dinheiro é dividir seu uso em três blocos:

  1. Obrigações do início do ano → Garantir o pagamento das despesas inevitáveis de janeiro evita estresse e juros altos.
  2. Quitação ou redução de dívidas → Mesmo que de forma parcial, a redução de dívidas caras (como cartão e cheque especial) auxilia na saúde financeira.
  3. Reserva financeira → O que sobrar das duas primeiras estratégias, deve reforçar sua garantia financeira. “A lógica é: o 13º melhora o início do ano quando diminui riscos, reduz custos e evita que a pessoa comece janeiro já no negativo”, aconselha Mirsky.

No total, o valor do 13° pode ser dividido da seguinte forma, de acordo com o economista: 50% para despesas essenciais (incluindo as do fim do ano e início do próximo), 30% para dívidas ou reserva financeira e 20% para consumo e lazer (caso a situação permita).


Endividamentos

Para evitar dívidas, um bom planejamento financeiro envolve listar, logo ao início do ano, gastos inevitáveis (como IPTU, IPVA e gastos essenciais com filhos). A recomendação da contadora Carol Mendes é reservar essas demandas para o 13° salário.

“O objetivo é começar o ano com a menor quantidade de contas futuras possível, criando uma folga no orçamento mensal de janeiro e fevereiro”, afirma.


No caso de dívidas já existentes, a prioridade absoluta deve ser quitar ou reduzir as que envolvem riscos ao conforto e à segurança, como aluguel, condomínio e planos de saúde. Em segundo plano, priorizar o abatimento ou diminuição das dívidas com maiores juros, como cheque especial, rotativo do cartão e boletos em atraso.

“Se não for possível quitar, procurar o seu credor e propor uma renegociação da dívida. Usar o valor do 13º como entrada pode garantir um grande desconto do saldo devedor ou redução das parcelas futuras”.


Investimentos

Segundo o investidor profissional Hulisses Dias, um detalhe importante para um bom manejo do 13° é considerar o valor como parte de um plano atual, não como renda extra. Caso as dívidas não sejam uma preocupação, o início de um novo ano é terreno fértil para investimentos de longo prazo.

“Investimentos como Tesouro Selic e CDBs de liquidez imediata permitem acessar o dinheiro rapidamente em caso de emergências, preservando a estabilidade sem assumir riscos desnecessários”, diz.

Carol, por sua vez, recomenda antes de tudo a criação de uma reserva de emergência, e o 13 pode ser um ótimo ponto de partida ou de complemento. Essa reserva pode ser feita nos formatos CDBs de liquidez diária, Tesouro Selic e contas digitais remuneradas.

“Caso a pessoa não saiba fazer esse tipo de operação, para um primeiro momento pode-se utilizar a caderneta de poupança para guardar esse dinheiro (mas não é a opção mais rentável) e procurar orientação financeira de um especialista para destinar esse dinheiro para produtos financeiros mais rentáveis”, complementa.

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