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Custo estimado para reparar pontos críticos nas rodovias do Brasil é de R$ 4,8 bilhões, diz CNT

São 2,6 mil locais com buracos, erosões e quedas de barreiras em 111 mil km; não há sinalização em 81% dessas áreas, diz entidade

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

CNT identificou 2,6 mil pontos críticos em rodovias
CNT identificou 2,6 mil pontos críticos em rodovias CNT identificou 2,6 mil pontos críticos em rodovias (Pesquisa CNT /Reprodução)

O custo estimado para reparar os pontos críticos das rodovias do Brasil, como buracos, erosão, quedas de barreiras e de pontes, é de R$ 4,88 bilhões, segundo a Confederação Nacional de Transporte (CNT). Uma pesquisa feita pela entidade em 2023 identificou 2.648 locais onde é necessário intervenção, em 111.502 quilômetros de estrada pavimentada. O mapeamento aponta um crescimento de 1,5% dos pontos críticos em comparação com 2022 (com 2.610 locais identificados).

Veja detalhamento:

- buraco grande: 1803

- erosão na pista: 504

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- queda de barreira: 207

- ponte estreita: 67

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- outros: 62

- ponte caída: 5

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A CNT define pontos críticos como situações que interferem no fluxo normal do tráfego e trazem graves riscos aos usuários, como motoristas, passageiros e pedestres. Esses locais também estão “associados à elevação dos custos operacionais, devido ao aumento do tempo de viagem, do consumo de combustível e dos gastos com manutenção dos veículos, como resultado de sua maior depreciação”.

A confederação também fez um alerta sobre a sinalização nos locais críticos das rodovias. Segundo o órgão, em 81,6% das áreas não havia nenhum tipo de sinalização para os motoristas; outros 15,14% apresentavam uma sinalização deficiente; e apenas 3,2% tinham uma sinalização adequada.

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Em números absolutos, 1,7 mil buracos grandes não têm nenhum tipo de sinalização, o equivalente a 98% de todos os buracos grandes identificados na rodovia, de acordo com a CNT. Veja dados:

Sinalização de pontos críticos em rodovias do país
Sinalização de pontos críticos em rodovias do país Sinalização de pontos críticos em rodovias do país (CNT/Reprodução)

Recursos públicos

A confederação avalia que pelo menos R$ 1,88 bilhão seriam necessários para solucionar o problema de queda de barreiras nas rodovias do país e outros R$ 1,06 bilhão deveriam ser usados para as pontes estreitas. O resto do montante deveria ser dividido entre pontes caídas, buracos e erosões na pista. Conforme gráfico:

Pontos críticos de acordo com estado no país
Pontos críticos de acordo com estado no país Pontos críticos de acordo com estado no país (CNT/Reprodução)

Um dos desafios se refere aos recursos para as operações. A Lei Orçamentária para este ano destinou R$ 15,01 bilhões em investimento no modo rodoviária, valor R$ 11,47 bilhões maior que no ano passado.

Considerando o preço de todas as intervenções necessárias nas rodovias do país, a CNT estima ser necessário um investimento de pelo menos R$ 46,8 bilhões.

São 2,6 mil pontos críticos nas rodovias do Brasil
São 2,6 mil pontos críticos nas rodovias do Brasil São 2,6 mil pontos críticos nas rodovias do Brasil (Divulgação/CNT)

Os dados levantados pela CNT também apontam que entre 2018 e 2022 houve um processo de degradação da densidade dos pontos críticos, que apresentou um crescimento anual de 0,42 desses locais a cada 100 km.

A densidade em 2023 estava em 2,26 pontos críticos por 100 km, o que significa que a cada 44 km o usuário se depara com um ponto crítico. Segundo a CNT, a maior concentração de pontos críticos foi verificada no Acre (27,8 a cada 100 km), seguido por Roraima (11,8 por 100 km) e Amazonas (11,6 por 100 km).

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