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R7 Brasília

Defesa aguarda laudo da PF para pedir ao STF volta de Ibaneis ao cargo

Governador do DF foi afastado da função pelo período de 90 dias por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF

Brasília|Hellen Leite, do R7, e Yuri Achcar, da Record TV

Ibaneis Rocha, governador afastado do Distrito Federal
Ibaneis Rocha, governador afastado do Distrito Federal

A defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), espera o laudo da perícia realizada no celular entregue pelo governador para apresentar um pedido de reconsideração do afastamento determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ibaneis foi afastado do cargo na madrugada de 9 de janeiro, horas após extremistas terem invadido e depredado o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o prédio do STF.

governador entregou os celulares voluntariamente à Polícia Federal em 23 de janeiro, após agentes terem cumprido mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Ibaneis em Brasília. 

Nesta quarta (8), a PF solicitou a devolução dos celulares de Ibaneis. Isso porque todos os dados foram extraídos do aparelho. Com a finalização da perícia, a defesa vai questionar o STF sobre o afastamento do governador.


Na última sexta-feira (3), a PF também pediu ao ministro autorização para devolver os celulares do presidente nacional do PL, o deputado federal Valdemar Costa Neto, do senador Marcos do Val (Podemos) e de outras duas pessoas.

Ibaneis afastado do cargo

A decisão da Corte pelo afastamento vale por 90 dias, mas, segundo o advogado Cleber Lopes, que integra a equipe de defesa do emedebista, Ibaneis espera ser reconduzido ao cargo antes do fim do prazo, que se encerra em 9 de abril.


O depoimento do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, vai ser usado como um dos argumentos da tese. À Polícia Federal, na quinta-feira (2), Torres disse que Ibaneis não pediu que a segurança pública do DF fosse negligenciada e que o governador sempre foi "muito preocupado com a manutenção da ordem".

A defesa também deve alegar que a intervenção federal no DF já foi encerrada e que o governador foi eleito em primeiro turno para exercer o cargo.

Após o afastamento de Ibaneis, o Executivo local foi assumido pela vice-governadora, Celina Leão (PP), que reconheceu que houve uma falha no comando da polícia durante os atos de vandalismo. Para a governadora em exercício, Ibaneis "recebeu várias informações equivocadas durante todo o momento da crise" e não tem participação na depredação das sedes dos Três Poderes.

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