Dino vai pedir atuação de autoridades da Argentina após caso de racismo em jogo da Libertadores
Ataques foram registrados antes e durante a partida do Fluminense contra o River Plate na quarta-feira (7)
Brasília|Plínio Aguiar, do R7 em Brasília
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, classificou nesta quinta-feira (8) de "inaceitáveis" os ataques racistas aos torcedores do Fluminense antes da partida contra o River Plate e afirmou que vai pedir a atuação de autoridades da Argentina no caso. Os ataques racistas ocorreram antes do jogo, realizado em Buenos Aires, capital da Argentina, na quarta-feira (7).
Nas redes sociais, Dino também classificou o episódio como "inacreditável". "Vou solicitar formalmente a atuação das autoridades competentes da Justiça e Segurança da Argentina", completou
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O técnico do Fluminense, Fernando Diniz, afirmou que as pessoas que participaram dos atos não são torcedores e que deveriam estar presas. "O futebol, mundialmente, e, aqui na América do Sul, a Conmebol tem que tomar providências. Porque é só pegar a câmera do estádio e ver que foram vários imitando macaco. Vários. E achando que isso é bonito", criticou o comandante do tricolor carioca.
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O Fluminense foi até o Monumental de Núñez enfrentar o River Plate pela quinta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. No estádio com sua capacidade máxima, o Tricolor perdeu por 2 a 0. Lucas Beltrán e Barco marcaram os gols da partida.
Com o resultado, o Fluminense continua líder do grupo, mas ainda não se classificou. O Tricolor aguarda o resultado de The Strongest e Sporting Cristal para saber se a vaga nas oitavas já estará garantida nessa rodada. Já o River Plate ganha uma sobrevida na competição e vai para a última rodada em busca da classificação.
Caso Vini Jr.
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Não é o primeiro caso de racismo que envolve jogadores brasileiros. Recentemente, Vini Jr., atualmente no Real Madrid, foi alvo de ataques em partidas do campeonato espanhol. Em várias ocasiões, torcedores fizeram gestos ofensivos e o chamaram de macaco. O último caso ocorreu no dia 21 de maio, no jogo contra o Valência. A partida precisou ser paralisada quando o atleta identificou um dos ofensores no estádio.
O caso de racismo foi criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Não vamos tolerar racismo nem contra brasileiros nem contra africanos no Brasil. Por isso, repudiamos com veemência os ataques racistas que o jogador Vini Jr. e tantos outros atletas vêm sofrendo reiteradamente. Podemos honrar nossa herança africana fazendo da promoção da igualdade racial um eixo contínuo, ligando políticas nacionais à atuação internacional do país", disse.