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R7 Brasília

Dois PMs presos devem ser convocados pela CPI do DF; outros cinco já foram ouvidos

O coronel Paulo José já havia sido convocado, mas apresentou um atestado; os requerimentos serão votados na quinta-feira

Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília


Cinco dos sete alvos da operação já foram ouvidos pela CPI
Cinco dos sete alvos da operação já foram ouvidos pela CPI

O coronel Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, ex-chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), e o tenente Rafael Pereira — ambos presos na operação da Polícia Federal desta sexta-feira (18) por suspeita de omissão no 8 de Janeiro — devem ser convocados para prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) que investiga os atos. Os requerimentos de convocação serão votados na próxima sessão. Os outros cinco presos já foram ouvidos.

O coronel já havia sido convocado e teve a oitiva marcada para 5 de junho, mas ela foi cancelada devido à apresentação de um atestado psiquiátrico. O presidente da CPI, o deputado distrital Chico Vigilante (PT), afirma que a comissão vai avaliar uma possível reconvocação dos outros agentes presos na operação. "Nós vamos analisar os inquéritos do Ministério Público e vamos verificar se precisa convocar novamente", afirma.

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A operação da PF mirou a cúpula da Polícia Militar do DF por suspeita de omissão nos atos extremistas de 8 de janeiro. Foram emitidos cinco mandados de prisão e dois de manutenção de prisão, pois os alvos destes (o coronel Jorge Naime e o major Flávio Silvestre Alencar) já estão presos. Além do coronel Paulo José e do tenente Rafael Pereira, foram presos os coronéis Klepter Rosa Gonçalves, que era comandante da PMDF até esta sexta-feira; Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF; e Marcelo Casimiro, ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF.

Com a prisão do coronel Paulo José e do tenente Rafael Pereira, para que eles possam prestar depoimento à CPI é preciso a autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.


Relembre os depoimentos

O coronel Jorge Eduardo Naime prestou depoimento à CPI em março e afirmou que não teve acesso a relatórios de informações que mostrariam a gravidade dos atos de 8 de janeiro. Ele culpou a Inteligência do Governo do Distrito Federal pela falha na segurança. Naime está preso desde fevereiro.

O coronel Fábio Augusto Vieira foi ouvido pela CPI em maio e afirmou que nenhum planejamento operacional foi feito para o dia dos ataques. O coronel Casimiro, ouvido no dia 5 de junho, disse que faltaram efetivo e informações para que a polícia agisse nos atos e admitiu que os manifestantes foram mais eficientes que a PMDF.


Na semana seguinte, no dia 15, a CPI ouviu o coronel Klepter Rosa, que disse ter determinado a prisão de extremistas no 8 de janeiro.

No começo de agosto, o major Flávio Silveira de Alencar negou à CPI que tenha dado ordem para que as tropas se desmobilizassem durante os atos. Ele foi preso em maio na Operação Lesa Pátria, que investiga o 8 de Janeiro.

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