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Em carta a Trump, Ibaneis se diz de centro-direita e contesta dados dos EUA sobre Brasília

Governador do DF rebateu fala do presidente americano sobre dados de segurança pública

Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O governador do DF, Ibaneis Rocha, enviou carta a Donald Trump contestando dados sobre segurança pública em Brasília.
  • Ibaneis afirmou que Brasília é um governo de centro-direita, diferente do governo federal de esquerda.
  • Ele destacou a importância do diálogo entre Brasil e EUA e criticou o governo atual por disputas ideológicas.
  • Dados de homicídio em Brasília foram discutidos, com Ibaneis apresentando que 6,8 homicídios por 100 mil habitantes é o índice mais baixo desde 1977.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Carta foi enviada por Ibaneis no dia seguinte às falas de Trump Renato Alves/Agência Brasília - Arquivo

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), encaminhou nesta terça-feira (12) uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em que pontua que os dados sobre Brasília apresentados pelo norte-americano, ontem, estariam equivocados, “possivelmente decorrentes da atual ausência de um diálogo mais consistente” entre os países. Brasília foi citada por Trump como um dos lugares “piores do mundo” quando a questão é violência.

No documento, Ibaneis explicou que cada ente federativo no Brasil tem autonomia para estruturar e conduzir a própria segurança pública e disse que seu governo é de oposição ao do presidente Lula. “Nesse contexto, o Governo do Distrito Federal, por mim conduzido, é de centro-direita, em oposição ao atual Governo Federal, de esquerda. Por isto, a segurança pública da capital do Brasil tem por foco resultados concretos, livre de vieses ideológicos”, completa.


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O governador se posicionou contrário ao posicionamento do presidente Lula sobre as recentes tarifas americanas, e disse ter promovido uma reunião entre governadores “com o objetivo de defender a abertura do diálogo direto com o governo norte-americano”.

“Diferentemente do atual Governo Federal, acredito no diálogo e na força das relações diplomáticas. Tenho, de forma reiterada, afirmado que o Governo Federal deve abandonar disputas ideológicas e adotar uma postura pragmática nas relações internacionais, abrindo canais de negociações produtivas com os Estados Unidos da América. Para este Governo do Distrito Federal, interesses geopolíticos e comerciais devem estar acima de divergências político-partidárias”, destacou.


Ibaneis elencou medidas de segurança pública que teriam diminuído a criminalidade no DF, e pontuou que no ano passado foram registrados 6,8 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, índice mais baixo desde 1977, que teve 14/100 mil.

O Atlas da Violência 2025, feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), fala em 11 mortes a cada 100 mil pessoas em Brasília. O presidente americano apresentou um número errado, sem citar fontes, dos casos de homicídios em Brasília. Segundo ele, a capital brasileira teria um índice de 13 a cada 100 mil habitantes.


Mais cedo, Ibaneis disse que o presidente norte-americano, Donald Trump, “está confundindo Brasília com Nova York e eu com o Lula”.

Entenda

Na segunda-feira (11), durante o anúncio sobre a intervenção federal na segurança de Washington D.C., o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou Brasília ao justificar a decisão de acionar as tropas da Guarda Nacional. Na fala, o líder norte-americano usa a capital brasileira como exemplo de “piores lugares do mundo”, associando a cidade com altos índices de violência. Entretanto, dados do Governo do Distrito Federal e de institutos de pesquisa contradizem o que foi mostrado por Trump.


Ao mostrar um gráfico com a taxa de homicídio de locais como Cidade do Panamá, Bogotá e Brasília, Trump afirma que Washington D.C. está tem um índice maior que em lugares vistos como os “piores do mundo”. Segundo ele, a capital dos EUA aparece com 41 homicídios a cada 100 mil habitantes, enquanto Brasília teria 13 a cada 100 mil.

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