Marco Antônio Leal da Silva, de 55 anos, apontado como suspeito de atirar em um funcionário da churrascaria Tchê Garoto, na Vila Planalto, no sábado (27), é ex-sargento do Corpo de Bombeiros e foi expulso da corporação após ter sido condenado por homicídio, em abril de 2002.
Leal foi bombeiro por 18 anos e chegou a recorrer da decisão que o expulsou da corporação sob a alegação de que a Justiça Militar não tinha competência para julgar o caso. Mas o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
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O ex-militar acompanhava o candidato a deputado distrital Rubão (PTB-DF) na tarde de sábado (27) em uma ação de panfletagem, quando o funcionário da churrascaria pediu ao candidato que abaixasse o volume do carro de som que fazia a propaganda política.
De acordo com testemunhas, durante a discussão, o segurança do candidato teria efetuado disparos com uma arma de fogo e acertou o olho de Raimundo Eduardo Pereira Silva, de 29 anos, funcionário da churrascaria.
A Polícia Militar foi acionada para a ocorrência e confirma a tentativa de homicídio. Segundo a corporação, Marco Antônio havia fugido quando os militares chegaram ao local.
Em nota, o PTB disse que "repudia a violência", que "confia na competência das forças policiais do Distrito Federal e aguarda a apuração dos fatos". À Record TV, Rubão explicou que não sabia que seu funcionário estava armado. "Apenas ouvi o estampido que dispersou os agressores", comentou. "Se o Marco Antonio não estivesse armado, provavelmente eu não estaria aqui em face da intolerância dos agressores", completou.
Imagens gravadas, após a confusão, mostram o chão da churrascaria ensanguentado e funcionários do restaurante socorrendo Raimundo Eduardo. Ele foi encaminhado ao Hospital de Base do Distrito Federal. O estado de saúde dele era estável até a última atualização desta reportagem.