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R7 Brasília

Exército não vai abrir processo contra Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que foi preso

De acordo com militares, tenente-coronel 'encontra-se à disposição da Justiça' e está custodiado numa Organização Militar do Exército

Brasília|Plínio Aguiar, do R7 em Brasília

O tenente-coronel Mauro Cid (de farda verde) ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro
O tenente-coronel Mauro Cid (de farda verde) ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro

O Exército do Brasil informou que não vai abrir um procedimento administrativo para apurar o suposto envolvimento em crimes do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Cid foi preso nesta semana pela Polícia Federal.

"Não será aberto procedimento administrativo, pois o militar encontra-se à disposição da Justiça", disse o Exército em uma nota enviada à reportagem. Segundo a força, o tenente-coronel cumpre prisão preventiva e está custodiado em uma Organização Militar do Exército.

Cid foi preso na quarta-feira (3), durante a operação que investiga a atuação de uma associação criminosa que inseria dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Além dele, foram presos Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, que também trabalhavam com o ex-presidente Bolsonaro.

O ex-ajudante de ordens depôs à PF no dia de sua prisão. Durante a ação, agentes da instituição apreenderam 35 mil dólares e R$ 16 mil em espécie na casa dele, em Brasília. A casa de Bolsonaro na capital federal também foi alvo de busca e apreensão.


Viagem aos EUA

Uma reportagem do R7 mostrou que Cid viajou aos Estados Unidos com a família com dados de vacinação contra a Covid-19 supostamente fraudados, segundo a investigação da PF. A viagem foi em dezembro do ano passado. O ex-ajudante de ordens e seus familiares retornaram em janeiro. Desde dezembro de 2021, a comprovação de vacinação com ao menos duas doses contra a Covid-19 é necessária para entrar nos EUA. 

Cid, a esposa, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, e as três filhas ficaram em Miami entre 21 de dezembro de 2022 e 20 de janeiro deste ano. Na época do embarque, Bolsonaro ainda era presidente. Em fevereiro de 2023, a família viajou para Bruxelas, na Bélgica, com conexão em Madri, na Espanha. Eles retornaram para o Brasil em 23 de fevereiro, pelo aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Naquele período, nenhum dos dois países exigiam mais o comprovante de imunização.

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De acordo com a investigação da PF, duas filhas de Mauro Cid e Gabriela Cid são menores de idade, com 5 e 14 anos. A manifestação da Procuradoria-Geral da República enviada ao STF com base na investigação da PF diz que "Mauro Cesar Barbosa Cid e Gabriela Santiago Ribeiro Cid fizeram uso de certificado de vacinação falso nas viagens realizadas em dezembro de 2022, em janeiro de 2023 e fevereiro de 2023".

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