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Flávio Bolsonaro diz que prisões do 8 de Janeiro ocorreram 'nos moldes nazistas'

O senador falou em 'estupro da democracia' e criticou as cerca de 2.000 prisões; a maioria dos presos responde ao processo em liberdade

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (26) que as prisões das pessoas envolvidas nos atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes foram feitas "nos moldes nazistas". A declaração ocorreu na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, durante o depoimento do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Jair Bolsonaro, o general da reserva Augusto Heleno.

"O que a gente vê acontecer hoje no Brasil é o estupro da democracia, sob alegação de estarem protegendo a democracia. É tipo aquele pedófilo que diz que vai tomar conta da criança. As prisões de milhares de pessoas nos dias 8 e 9 de janeiro foram feitas nos moldes nazistas", afirmou.

Eu já tive a honra e o privilégio de visitar o Museu do Holocausto em Jerusalém (...) porque a gente via lá pessoas com medo%2C querendo fugir do nazismo e sendo direcionadas para dentro de estações de trem%2C de uma forma pacífica%2C com a falsa promessa%3A 'Olha%2C vem com a gente. Vamos andar aqui em fila indiana. O senhor%2C a senhora%2C seus filhos pequenos%2C a senhora grávida%2C vamos caminhando que vocês vão entrar num trem e vão fugir do regime nazista'%3B enquanto estavam dentro das estações de trem%2C eram ligadas as câmaras de gás%2C e as pessoas morriam aos milhares. Muito parecido com o que aconteceu aqui nas prisões nos dias 8 e 9 de janeiro%3A 'Vamos aqui%2C entra no ônibus%2C vamos te botar na rodoviária para você voltar para a sua casa'. E o destino foi o presídio.

(Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em fala na CPMI do 8 de Janeiro)

Cerca de 2.000 pessoas foram levadas pelas forças policiais após os atos de 8 de janeiro. Desse total, 1.400 ficaram presas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator das investigações sobre as invasões. Desde então, a maioria foi solta e responde a processo em liberdade, mas ainda há detidos que aguardam a conclusão de procedimentos judiciais.

General Heleno na CPMI

Chefe de segurança do Palácio do Planalto durante o governo de Jair Bolsonaro, o general Heleno falou à CPMI nesta terça-feira como testemunha, com direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação diante de perguntas com potencial para prejudicá-lo.

Entre outras coisas, Heleno disse que não teve nenhum conhecimento sobre a minuta de golpe encontrada pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Negou também que tivesse ido a acampamentos instalados em frente a quartéis-generais do Exército e que tivesse participado de reuniões com chefes das Forças Armadas nas quais estaria sendo combinado um golpe de Estado.

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