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Gilmar Mendes diz que ministros do STF não são odiados pela população

Declaração ocorreu após advogado de réu pelos atos extremistas de 8/1 dizer que ministros são 'pessoas mais odiadas do país'

Brasília|Agência Estado

Ministros do STF não são odiados, diz Gilmar Mendes
Ministros do STF não são odiados, diz Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira (1º) que os integrantes da Corte não são odiados pela maioria da população brasileira. O decano fez referência à declaração de um advogado no julgamento do primeiro condenado pelos atos extremistas do 8 de Janeiro. Na ocasião, o desembargador aposentado Sebastião Reis Coelho, defensor de Aécio Lúcio Costa Pereira, disse que os magistrados eram as "pessoas mais odiadas do Brasil".

"Recentemente, na tribuna do Supremo, um advogado disse que nós éramos bastante pouco amados, ou até mesmo odiados. Certamente, não somos pela maioria da população. Mas, é claro, o papel da contramajoritariedade é muito difícil, ele muitas vezes leva a atitudes de incompreensão e antipatia", disse Gilmar Mendes.

A declaração do ministro ocorreu na cerimônia de encerramento de um congresso que reúne servidores de tribunais de contas de diversos países. O evento foi realizado em Fortaleza, capital do Ceará.

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Em 13 de setembro, ao defender seu cliente e afirmar que o julgamento na Corte era "ilegítimo", Sebastião Reis Coelho descreveu a imagem que ele acredita que os ministros do STF têm perante a população. "Eu quero dizer, com muita tristeza, mas eu tenho que dizer a vossas excelências, porque eu não sou homem de falar e depois dizer que não disse, que não aquilo. Nessas bancadas aqui, nesses dois lados, senhores ministros, estão as pessoas mais odiadas deste país. Infelizmente", afirmou.

A declaração do advogado foi rechaçada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator das acusações contra as pessoas que invadiram os prédios dos Três Poderes. Moraes disse que as pessoas que atacam o Supremo são uma minoria e que a população do país repudiou os ataques de 8 de janeiro.

Atos de vandalismo em Brasília no 8 de janeiro
Atos de vandalismo em Brasília no 8 de janeiro

"Esses extremistas que não gostam do STF são a minoria, a minoria da população. E isso ficou demonstrado nas urnas e isso fica demonstrado nos atos golpistas que uma minoria praticou e foi repudiada pela população brasileira, que é uma população séria, digna", afirmou o ministro.

Nos últimos anos, foram registrados episódios de hostilização a ministros do Supremo. O caso mais recente foi no aeroporto em Roma, na Itália, envolvendo Moraes. Na ocasião, o magistrado foi chamado de "bandido, comunista e comprado", e o filho dele foi agredido por um grupo de brasileiros. A Polícia Federal investiga o caso.

Antes das eleições do ano passado, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) centralizou críticas a Moraes, chamando-o de "canalha" e "otário"; Luís Roberto Barroso foi alvo de hostilização também, tanto pelo ex-chefe do Executivo quanto por bolsonaristas; e a ministra Cármen Lúcia teve a atuação profissional comparada a de uma "prostituta".

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