Gleisi agradece Motta e Alcolumbre após cumprimentos por assumir ministério
Na sexta-feira (28), a presidente do PT foi indicada pelo presidente Lula para assumir a Secretaria de Relações Institucionais
Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília

Indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar a Secretaria de Relações Institucionais, a presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), agradeceu, neste sábado (1°), os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), respectivamente, pelos cumprimentos.
“Agradeço as manifestações que venho recebendo por assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Em especial as mensagens dos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. Com respeito, consideração e conversa avançaremos na construção de um Brasil melhor. Obrigada também as lideranças dos mais diversos setores políticos e sociais, que são um importante estímulo e aumentam a responsabilidade desta nova missão”, escreveu Gleisi nas redes sociais.
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Motta e Alcolumbre relataram ter recebido o aviso diretamente de Lula. O presidente da Câmara destacou que sempre teve uma “boa relação” com Gleisi e estendeu desejos de “êxito” à política. O presidente do Senado também externou sucesso para a nova ministra.
“Desejo muito sucesso nessa importante missão de dialogar com o Parlamento. Em nome do Congresso Nacional, reafirmo nosso compromisso em trabalhar sempre em defesa do Brasil”, disse Alcolumbre.
Gleisi, porém, foi criticada pela oposição. Em nota, o líder do bloco na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), afirmou que a indicação é um “sinal preocupante” e indagou a trajetória política de Gleisi como um ponto que pode prejudicar as negociações no Congresso. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), por sua vez, limitou a classificar a escolha de Lula como um “erro”.
Gleisi ministra
Gleisi, que deve assumir o posto em 10 de março, chega para ocupar o lugar de Alexandre Padilha, nomeado por Lula para comandar o Ministério da Saúde, após o presidente demitir Nísia Trindade. Padilha era alvo de críticas no Congresso, mas o centrão, ainda assim, o classifica como de “fino trato”.
A deputada volta ao posto de ministra no Palácio do Planalto 11 anos depois de comandar a Casa Civil, sob o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ela é considerada uma aliada fiel de Lula, sendo de uma ala mais à esquerda do PT.
A petista já foi senadora e foi eleita presidente do PT em 2017, estando à frente da legenda nos períodos considerados mais difíceis, como na prisão de Lula no auge da Operação Lava Jato.
No governo Lula três, Gleisi enfrentou desgastes com a bancada do PT em virtude de posições mais à esquerda, principalmente na ala econômica. Ela, contudo, é considerada um nome muito próximo de Lula, podendo, às vezes, externar o que o presidente pensa, mas não verbaliza.