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Homem-bomba entrou na Câmara dos Deputados na manhã da quarta-feira

Francisco Wanderley Luiz entrou no Anexo 4 da Casa, às 8h15, foi ao banheiro e saiu em seguida

Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília

Homem-bomba entrou na Câmara dos Deputados na manhã da quarta-feira Marcos Oliveira/Agência Senado - 13/11/2024

Autor das explosões que ocorreram na quarta-feira (13) na Esplanada dos Ministérios, Francisco Wanderley Luiz entrou na Câmara dos Deputados às 8h15, da manhã de ontem, horas antes de iniciar o atentado. Em nota, a Casa confirmou que ele esteve no Anexo 4 do Parlamento, foi ao banheiro e “logo saiu”.

“O autor da explosão na Praça dos Três Poderes esteve na manhã desta quarta no Anexo IV da Câmara. Entrou às 8h15, foi ao banheiro e logo saiu. Foi feita varredura em todos os locais por que ele passou e nada foi encontrado”, informou a Câmara.

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Por volta das 19h30 de ontem, um carro, registrado em nome de Francisco, explodiu próximo ao Anexo 4 da Casa. Cerca de 20 segundos depois, ele ateou bombas em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal). Em seguida, se deitou no chão, explodiu outro artefato próximo ao próprio corpo e morreu.

No momento das explosões, o plenário da Câmara apreciava uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que ampliava a isenção fiscal a templos religiosos. A sessão foi interrompida após a confirmação da morte de Francisco. Uma varredura ocorreu nesta manhã na Câmara.


“Desde o incidente, as medidas de segurança foram reforçadas. A varredura na Casa, e adjacências, ocorreu durante toda a madrugada e na manhã desta quinta (14/11), inclusive com cães. Nenhuma bomba foi encontrada. Estão previstas outras varreduras como medida preventiva. O expediente na Câmara retornou às 12h, após as providências necessárias em uma situação como a ocorrida”, informou a Casa.

Conforme a Câmara, as investigações sobre as explosões ainda estão em andamento. “A Polícia Legislativa trabalha em colaboração com as outras forças policiais”, concluiu.


Entenda

O homem chegou a mostrar os explosivos que carregava no corpo para um segurança da Corte. Segundo o depoimento da primeira testemunha ouvida pela PCDF, o segurança teria tentando se aproximar de Francisco ao perceber um comportamento suspeito, mas nesse momento ele teria aberto a camisa para mostrar os explosivos e falado para ele não se aproximar. O homem também tinha um relógio digital, que o segurança acreditou se tratar do disparador da bomba.

Ainda de acordo com o depoimento, após esse momento, o homem teria atirado dois ou três artefatos contra a estátua ‘A Justiça’, que fica em frente a Corte. Após isso, ele teria deitado no chão, colocado outro explosivo abaixo da cabeça, como se fosse um travesseiro, e o artefato teria explodido.

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