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Lira diz que posse de Maduro ‘afronta a vontade do povo venezuelano’

Presidente da Câmara dos Deputados repudiou a posse do ditador chavista

Brasília|Rute Moraes, do R7, em Brasília

Lira diz que posse de Maduro ‘afronta a vontade do povo venezuelano’ Bruno Spada/Câmara dos Deputados - 19/12/2024

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), repudiou, nesta sexta-feira (10), a posse do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, para um mandato de mais seis anos a frente do país. Maduro, que está no poder desde 2013, foi declarado reeleito pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), controlado pelo regime chavista. O governo brasileiro foi convidado à posse e enviou a embaixadora em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira.

“A democracia exige eleições limpas, sem fraudes e respeito ao voto popular. Não aconteceu isso na Venezuela. A posse de Nicolás Maduro afronta a vontade do povo venezuelano e deve ser repudiada, com medidas políticas e econômicas, para que ditaduras não se sintam legitimadas”, escreveu Lira nas redes sociais.

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Diferentemente de Maduro, a oposição venezuelana apresentou as atas eleitorais, alegando que Edmundo González ganhou o pleito. O opositor está exilado na Espanha após a Justiça venezuelana pedir sua prisão por “risco de fuga”, após não comparecer a três depoimentos para os quais foi notificado pelo Ministério Público do país.

Dias antes da posse, Maduro ativou um plano militar e acionou as forças de segurança, além de milícias armadas, para se proteger contra ações da oposição. Na quinta-feira (9), a líder opositora María Corina Machado foi detida ao deixar um protesto em Caracas contra a posse do ditador. Ela foi liberada horas depois.


Apesar de a Venezuela ter convidado o Brasil para a posse, o documento não foi enviado especificamente a Lula. Segundo fontes ouvidas pela RECORD, o convite foi recebido na terça (7). O texto chama o corpo diplomático brasileiro para o evento.

Devido ao clima entre os dois políticos, Lula tinha decidido não ir ao evento, mesmo antes de o convite ser recebido pelo Brasil. Nos bastidores, o presidente marcou posição de não comparecer. O assessor do petista para assuntos internacionais, Celso Amorim, que atuou em mediações durante as eleições venezuelanas, também não compareceu.


Apesar disso, o PT, de Lula, saudou Maduro após o pleito e enviou representantes para a posse. Em outras ocasiões, o presidente brasileiro disse não concordar com a ação do partido. Parlamentares membros da legenda também chegaram a criticar publicamente o ato.

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