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R7 Brasília

Novo ministro da Secom assume cargo na próxima terça-feira

Sidônio vai substituir Pimenta na gestão da comunicação do governo; publicitário comandou campanha de Lula em 2022

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Sidônio acompanhou reuniões de Lula nesta sexta Ricardo Stuckert/PR - Arquivo

O novo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Sidônio Palmeira, toma posse no cargo na próxima terça-feira (14), no Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve participar da cerimônia, marcada para às 11h. Apesar de ainda não ter assumido oficialmente, o publicitário acompanhou o presidente nas agendas desta sexta-feira (10) — Paulo Pimenta, atual ministro da Secom, tirou férias após anunciar a saída do posto, na terça (7).

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Ao R7, Pimenta informou que volta a tempo de ir à solenidade do sucessor. Ele anunciou que sairia do cargo a jornalistas, no Planalto, ao lado de Sidônio. O novo ministro foi o responsável pela campanha presidencial vitoriosa de Lula em 2022 e assume para aperfeiçoar a divulgação das ações do governo federal.

A troca é a primeira confirmação da nova reforma ministerial de Lula. As alterações completas devem ser feitas até o fim deste mês. A tendência — segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou em entrevista — é que as mudanças ocorram até 21 de janeiro, dia em que o presidente vai reunir os 38 ministros para a primeira reunião geral do ano.

Pimenta estava na Secom desde o início do mandato de Lula, em janeiro de 2023 — entre maio e setembro de 2024, foi indicado para assumir o Ministério Extraordinário para Reconstrução do Rio Grande do Sul. Ainda não há definição sobre o futuro dele no governo. Ele é deputado federal pelo RS, e um eventual retorno à Câmara dos Deputados não está descartado.


A saída de Pimenta era dada como certa desde dezembro do ano passado, quando Lula criticou publicamente a comunicação do governo federal. A Secom é responsável pela divulgação das ações do Executivo. “Há um erro no governo na questão da comunicação, e sou obrigado a fazer as correções necessárias, para que a gente não reclame de que a gente não está se comunicando bem”, admitiu Lula durante seminário do PT, em Brasília.

Na fala, o presidente também reclamou da divulgação das ações. “Sinto cada vez que viajo, que converso, que atendemos ministros, que não estamos entregando de forma adequada [as ações], para que a sociedade tenha as informações do que estamos fazendo. A partir de 1º de janeiro, não tem mais entrega. A gente vai ter que divulgar corretamente o que nós já lançamos. Alguma coisa precisa ser mudada para que as pessoas tenham acesso àquilo que estamos fazendo. Nós não estamos conseguindo colocar as coisas que estamos fazendo. É uma das minhas preocupações, que quero começar a resolver no início de ano”, afirmou.


Mudanças na Esplanada

O chamado Centrão tem pressionado o Executivo por mais espaço no governo — mesma razão que motivou a primeira reforma ministerial deste mandato do petista, em 2023. As cobranças levaram Lula a ceder os ministérios do Esporte e de Portos e Aeroportos para PP e Republicanos, respectivamente, em setembro daquele ano (leia mais abaixo).

Pimenta será a sétima mudança no primeiro escalão da gestão de Lula neste mandato e sexto ministro a sair do governo. O primeiro a deixar a Esplanada foi Gonçalves Dias, em abril de 2023. Ele chefiava o GSI e pediu demissão depois de imagens do circuito de segurança do Palácio do Planalto mostrarem que ele estava no prédio quando a sede do Executivo foi palco de atos de vandalismo em 8 de janeiro.


Em julho do mesmo ano, a então ministra do Turismo, Daniela Carneiro, entregou o cargo, após disputas internas no partido do qual faz parte, o União Brasil. Ela, que é deputada federal, retornou à Câmara e é vice-líder do governo no Congresso.

Dois meses depois, foi a vez de Lula demitir Ana Moser, que comandava o Ministério do Esporte. A decisão do presidente fez parte de um movimento para aumentar o espaço do Centrão no governo federal. A pasta do Esporte foi entregue ao PP. Na mesma tacada, o petista deu o Ministério dos Portos e Aeroportos ao Republicanos e criou mais uma pasta federal na Esplanada, o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, para acomodar Márcio França, que estava à frente dos Portos e Aeroportos.

Em fevereiro de 2024, Flávio Dino deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública para assumir uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal). Ele foi substituído por Ricardo Lewandowski. Em setembro do mesmo ano, Sílvio Almeida foi demitido por Lula depois de denúncias de assédio sexual.

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