Lula defende Haddad e critica empresários que não reconhecem ações do governo
Presidente da República disse que ministro da Fazenda trabalha com seriedade e que é necessário deixar interesses individuais de lado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na manhã desta quarta-feira (25) durante discurso em que anunciou o aumento do etanol na gasolina. Sem citar o pacote de contenção de gastos e o aumento do IOF (imposto sobre Operações Financeiras), motivo de embate entre governo federal e o Congresso, Lula disse que é necessário deixar interesses individuais de lado para pensar no país. No discurso, ele também criticou os empresários que não reconhecem o que é feito de bom pelo governo.
“Tem uma hora que temos que deixar os nossos interesses individuais de lado e pensar no país. Vocês sabem a seriedade que o Haddad trata a economia”, disse.
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Ele listou as conquistas do governo federal, como a Reforma Tributária, “feita a 513 mãos na Câmara e 81 mãos no Senado”. “Não era [a reforma que eu queria], nem o que vocês [empresários} queriam, foi o possível”, disse.
Em seguida, ele citou: “Agora mesmo, todo dia se fala de déficit fiscal. Quem se preocupou com déficit fiscal no governo passado? Qual empresário foi na imprensa dizer que o [ex-ministro da Economia, Paulo] Guedes estava com déficit fiscal?”, disse.
“Estou cansado de ver empresário falar em carga tributária, mas não falar dos R$ 860 bilhões de isenção fiscal”, reforçou. Segundo Lula, na avaliação dos últimos 15 anos, o melhor momento da economia brasileira é desde a sua volta à presidência. “Nesses últimos 15 anos, qual foi o melhor momento da economia brasileira? O melhor momento é exatamente minha volta, em 2023, 2024 e 2025”, afirmou.
Aumento do etanol na gasolina
As declarações de Lula foram feitas em evento no Ministério de Minas e Energia para anunciar a decisão do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), de aumentar a mistura do etanol na gasolina e no biodiesel. A medida é adotada em meio ao risco de aumento do preço do petróleo devido ao conflito entre Israel e Irã, no Oriente Médio.
Agora, o percentual de etanol na gasolina passou de 27% para 30% e, no biodiesel, subiu de 14% para 15%.
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