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R7 Brasília

Lula se reúne com Dilma, Haddad e diretora-geral do Fundo Monetário Internacional

Presidente brasileiro vai se encontrar ainda com o dirigente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, Jin Liqun

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Lula na posse de Dilma como presidente do NBD
Lula na posse de Dilma como presidente do NBD Ricardo Stuckert/PR - 13.04.2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e com o dirigente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, Jin Liqun. Ambas as agendas vão contar com a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com a ex-presidente brasileira e atual chefe do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Dilma Rousseff. Os compromissos se dão no Palácio do Planalto, em Brasília, e vão ocorrer na manhã desta segunda-feira (4).

"Boa conversa com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, sobre desenvolvimento com inclusão social e a retomada da redução da pobreza no mundo. Também falamos da necessária reforma do FMI, para termos um Fundo Monetário Internacional mais representativo do mundo atual e capaz de ajudar os países que precisam recorrer ao FMI em melhores condições", escreveu Lula nas redes sociais após o encontro.

A reunião entre Lula e a diretora-geral do FMI ocorre após críticas do petista ao organismo. O brasileiro afirmou diversas vezes que a entidade iria errar todas as previsões do Produto Interno Bruto (PIB) — soma de todos os bens e serviços finais produzidos — do Brasil, uma vez que o Estado iria crescer mais do que o previsto. "O mundo vai se surpreender com o Brasil. O FMI vai errar as previsões, porque o país vai crescer mais do que eles tinham previsto", declarou o petista.

A economia brasileira cresceu 2,9% em 2023, impulsionada pelo resultado recorde da agropecuária, setor que teve alta de 15% na comparação com o ano retrasado. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em valores finais, o PIB produziu R$ 10,9 trilhões no ano passado, acima dos R$ 9,9 trilhões de 2022.


Já o PIB per capita alcançou R$ 50.194, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação a 2022. Trata-se de uma média de geração de riquezas por pessoas no Brasil, a partir de tudo o que é produzido no país em todos os setores da economia. Os dados colocaram o país em 6º lugar em um ranking com nações do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo. O crescimento do Brasil ficou à frente dos Estados Unidos e da França e atrás de países emergentes, como China, Índia e México.

Lula comemorou a alta do índice. "O PIB do Brasil cresceu 2,9% em 2023, segundo o IBGE. Vocês lembram que a previsão de alguns era 0,9%? Crescemos bem mais que o previsto e vamos continuar trabalhando para crescer com qualidade e pela melhora de vida de todos", escreveu o presidente. Diferentes organismos apontavam para um crescimento da economia brasileira menor do que o registrado pelo instituto.


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Já o ministro da Fazenda destacou que o resultado do PIB surpreendeu o governo e disse que há espaço de crescimento em 2024. "Olhando para a inflação e olhando para mercado de trabalho, todas as variáveis, nós temos um bom espaço para crescer neste ano, se nós continuarmos o Congresso ouvindo a Fazenda, negociando os projetos para ir corrigindo as contas públicas que estavam totalmente desorganizadas. Organizando as contas públicas de um lado, e a política monetária atuando na mesma direção, nós temos condição de manter a projeção de 2,2% de crescimento neste ano. Tem gente já falando em mais, mas estamos sendo comedidos nas nossas projeções", afirmou.

Haddad comentou também sobre a expectativa para o ano de 2024 e indicou que o primeiro trimestre surpreendeu a equipe econômica. "Está bom do ponto de vista de arrecadação. Isso está nos surpreendo. E estou falando de arrecadação não extraordinária, não coisas que podem ter entrado, por exemplo, fundos fechados, pode ter vindo uma boa arrecadação de fundo fechado. Mas mesmo excluindo da conta essas eventualidades, que vai entrar uma vez e depois vai entrar só o fluxo, mas o estoque é uma vez só, a arrecadação está indo bem, incluindo o da Previdência", explicou.

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