Maior parte da população é a favor da legalização de jogos de azar, diz pesquisa do Senado
Levantamento também aponta que três em cada quatro brasileiros consideram que atual proibição não é eficaz; veja destaques
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

A maior parte da população defende a legalização de jogos de azar, como bingos, jogos do bicho e até o funcionamento de cassinos no país. A informação faz parte de uma pesquisa feita pelo instituto DataSenado e divulgada na quarta-feira (23).
Segundo o levantamento, a posição em favor de uma liberação foi apontada por 60% dos consultados pela pesquisa, enquanto 34% se colocaram contra e outros 6% não souberam, ou preferiram não responder.
A pesquisa também aponta que três em cada quatro brasileiros consideram que a atual proibição ligada aos jogos não é eficaz. Dentro do grupo, apenas 25% disseram que a restrição é capaz de reduzir “muito” a oferta de jogos ilegais.
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Outro dado indicado é o de que 58% consideram que a legalização pode aumentar a arrecadação de impostos. Enquanto 22% não vêem diferença e 9% apontam possibilidade de redução de valores arrecadados.
Em outra frente, 44% consideram possível aumento de empregos, enquanto 36% não acreditam em diferença. Outros 11% responderam acreditar numa redução de posições no mercado de trabalho e 9% preferiram não responder.
O levantamento foi feito a pedido do senador Irajá (PSD-TO), que é o relator do projeto que propõe a legalização de jogos no Brasil, e ouviu 5.039 eleitores — com 16 anos mais — entre 21 de fevereiro e o último 1º de março.
A consulta foi feita por telefone e de forma aleatória, em diferentes estados brasileiros. O nível de confiança indicado é de 95%. Enquanto a margem de erro média é de 1,72 p.p. O valor foi computado de forma diferente entre as perguntas feitas no levantamento.
Votação no Senado
Um projeto de Lei que regulamenta a exploração de jogos e apostas em todo o Brasil chegou a entrar na pauta do Senado em 2024. O projeto libera a instalação de cassinos e jogos de azar, a exemplo dos bingos, videobingos, jogo do bicho e apostas em corridas de cavalos pelo país.
A proposta foi adiada, mas está na previsão das votações para este ano na Casa. Ainda não há uma data definida para a análise do texto. O relator, Irajá, sustenta que a liberação poderia promover mais investimentos e geração de empregos. De outro lado, opositores à proposta apontam possível vício a jogos.
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