Ministério do Trabalho resgata 18 indígenas em condições análogas à escravidão no RS
Eram 12 homens e seis mulheres, com idades entre 17 e 67 anos, que estavam em um galpão sem camas

O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) resgatou, nesta sexta-feira (7), 18 trabalhadores indígenas em condições análogas à escravidão no município Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Os trabalhadores haviam sido contratados por uma empresa terceirizada para a colheita da uva. Os auditores do trabalho chegaram ao local após um grupo de 10 pessoas procurarem a assistência social.
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No total, eram 12 homens e seis mulheres, com idades entre 17 e 67 anos. Eles estavam em um galpão de madeira, sem piso e camas.
Segundo o órgão, os trabalhadores haviam sido dispensados e despejados do alojamento sem receber os pagamentos devidos pelo período em que ficaram à disposição do empregador. Na mesma data, durante inspeção no local onde estavam alojados, na área urbana da cidade, os auditores-fiscais identificaram outros oito trabalhadores em condições inadequadas de trabalho e alojamento precário.
“Os trabalhadores chegaram ao local em 7 de janeiro de 2025, com a promessa de início imediato na colheita da uva, carteira assinada e pagamento de diárias de R$ 150, além de alimentação e moradia. Apesar de terem realizado o exame médico admissional, o registro nunca foi efetivado. As diárias começaram a ser pagas apenas em 20 de janeiro, deixando os trabalhadores sem remuneração nas primeiras semanas”, disse o MTE.
No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado no último dia 28 de janeiro, dados do MTE mostram que, desde 1995, o país já resgatou 65 mil trabalhadores em condições análogas à escravidão.
O que é trabalho escravo?
A legislação considera trabalho análogo à escravidão situações em que o trabalhador é submetido a condições que violam sua dignidade e liberdade. Os principais aspectos que caracterizam essa forma de exploração incluem:
Casos de trabalho análogo à escravidão podem ser denunciados anonimamente pelo Sistema Ipê.