O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afastou, inicialmente por 180 dias, o presidente nacional do PTB, Marcus Vinicius de Vasconcelos, do cargo. De acordo com o magistrado, documentos enviados por deputados estaduais de Roraima e depoimentos apontam que, por meio de Vasconcelos, o ex-deputado Roberto Jefferson "preside informalmente" o partido.
Além da suspensão do exercício do cargo, o magistrado determinou que a Polícia Federal colha o depoimento de Marcus Vinícius e de Jefferson. No despacho, Moraes afirma que, por meio de recados e bilhetes, o ex-deputado continua dando orientações e determinando os atos dos partidos.
Em novembro do ano passado, Roberto Jefferson foi afastado da presidência do PTB por uma decisão de Moraes. Ele é acusado de promover ataques contra o Supremo e as instituições democráticas. O despacho aponta que verba do fundo partidário estaria sendo usada para financiar ataques com o intuito de desestabilizar o regime democrático de direito.
Na decisão, Moraes apresenta uma mensagem que teria sido enviada no grupo de WhatsApp do PTB por um homem identificado como Eduardo Macedo, reafirmando que a sigla está sob comando de Jefferson. A mesa-diretora da Assembleia Legislativa de Roraima pediu que novas medidas cautelares fossem impostas.
“Esse é o momento de união nacional e que possamos dar as mãos ao Roberto Jefferson e confiar plenamente em suas decisões e acatar aquilo que nos é apresentado, pois com certeza será o melhor para o PTB”, dizia a mensagem.
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Além disso, outra mensagem no mesmo sentido foi enviada no mesmo espaço. "No ponto, verifica-se a mensagem enviada no grupo de Presidentes do PTB, no aplicativo WhatsApp, em contato atribuído a Luiz Gustavo Pereira da Cunha transmitindo carta elaborada pelo investigado sobre as movimentações internas da agremiação política", escreveu o ministro.
Marcus Vinicius é próximo da família de Roberto Jefferson e já foi casado com a filha dele, Fabiana Jefferson.