Brasília Moraes dá 15 dias para PF elaborar relatório sobre suposto vazamento de dados por Bolsonaro

Moraes dá 15 dias para PF elaborar relatório sobre suposto vazamento de dados por Bolsonaro

O presidente divulgou na internet um inquérito da PF que apurava suposta invasão em sistemas e bancos de dados do TSE

  • Brasília | Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Ministro Alexandre de Moraes, do STF

Ministro Alexandre de Moraes, do STF

Isaac Amorim/06.01.2017/Ministério da Justiça

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes deu 15 dias para a PF (Polícia Federal) encaminhar um "relatório minucioso de análise de todo o material colhido" a partir da quebra de sigilo telemático (de mensagens) realizado no âmbito do inquérito que apura suposto vazamento de dados realizado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) pelas redes sociais.

O presidente divulgou na internet um inquérito da PF que apurava uma suposta invasão em sistemas e bancos de dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2018. Em fevereiro, a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu ao STF o arquivamento da investigação das condutas de Bolsonaro sobre o vazamento de dados, mesmo após a PF apontar que o chefe do Executivo cometeu crime de violação de sigilo funcional ao divulgar os documentos.

Moraes ressaltou que a PF, ao concluir a investigação, "encaminhou as mídias que contêm o material obtido da quebra de sigilo telemático, não elaborando, entretanto, relatório específico da referida diligência, essencial para a completa análise dos elementos de prova pela Procuradoria-Geral da República".

O inquérito no STF foi instaurado a partir de uma notícia-crime encaminhada pelo TSE para investigar as condutas do presidente de divulgar dados de inquérito sigiloso da PF "com o objetivo de expandir a narrativa fraudulenta contra o processo eleitoral brasileiro, com objetivo de tumultuá-lo, dificultá-lo, frustrá-lo ou impedi-lo, atribuindo-lhe, sem quaisquer provas ou indícios, caráter duvidoso sobre a lisura do sistema de votação no Brasil", pontuou Moraes.

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