Moraes desbloqueia contas de 14 investigados por atos extremistas após eleições
Investigação, que corre em sigilo e à qual o R7 teve acesso, aponta a existência de financiamento de diversos atos contra a democracia
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (29) o desbloqueio de contas bancárias e ativos financeiros de 14 investigados por atos extremistas que questionaram o resultado das eleições.
A investigação, que corre em sigilo e à qual o R7 teve acesso, aponta a existência de financiamento de diversos atos contra a democracia, em especial a participação de caminhões para bloqueios de estradas e vias públicas.
"Em face das diversas provas trazidas aos autos, foi necessário, adequado e urgente o bloqueio das contas bancárias dos investigados, diante da real possibilidade de utilização de recursos para o financiamento de atos ilícitos até o dia 1º de janeiro de 2023", disse Moraes.
Segundo ele, o afastamento do sigilo bancário de todos os bens, direitos e valores mantidos em instituições financeiras das pessoas físicas e jurídicas investigadas no período de 1º/7/2022 até 21/12/2022 será analisado pela Polícia Federal e indicará os meios financeiros utilizados pelos investigados.
Ordem de bloqueio
Em novembro do ano passado, Moraes determinou o bloqueio das contas bancárias de 43 empresários suspeitos de financiar atos contra o resultado da eleição presidencial. A determinação teve como alvo uma lista de empresários apontados pela Polícia Federal (PF) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) como envolvidos nos atos que se sucederam à eleição e que fecharam rodovias federais em protesto contra o resultado registrado em 30 de outubro de 2022.
A decisão de Moraes determinou ainda que a PF colhesse depoimentos de todas as pessoas físicas e dos representantes legais das empresas em até dez dias, podendo, inclusive, realizar diligências caso seja necessário.