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Moraes se declara impedido para julgar recursos de suspeito de agredir filho dele em Roma

Polícia Federal enviou ao Supremo relatório informando que houve crime de injúria real de empresário contra filho de ministro

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Moraes se declara impedido para julgar recursos
Moraes se declara impedido para julgar recursos Nelson Jr./SCO/STF - 08/11/2022

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), se declarou impedido de julgar recursos apresentados pelo empresário Roberto Mantovani Filho, suspeito de agredir o filho do ministro durante discussão no Aeroporto de Roma, na Itália, em julho do ano passado. A Corte analisa esses recursos até o dia 23 de fevereiro. Até o momento, apenas o relator, ministro Dias Toffoli, votou para rejeitar os pedidos. 

A Corte vai decidir se vai compartilhar com a defesa do empresário as imagens que retratam suposta agressão ao ministro e à família dele. O Supremo também vai decidir se mantém a decisão do ministro Dias Toffoli, que disponibilizou a íntegra da gravação, mas negou a extração da filmagem das câmeras de segurança.

Nesta quinta-feira (15), a Polícia Federal enviou ao STF um relatório onde consta que houve crime de injúria real cometido pelo empresário contra o filho do ministro Alexandre de Moraes. O tumulto envolveu a família do ministro em 14 de julho, quando Moraes esteve na Itália com familiares para participar de uma palestra no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena. A PF descartou indiciamento.

Relembre o caso

Alexandre de Moraes estava com a família na Itália, onde deu uma palestra na Universidade de Siena, no Fórum Internacional de Direito. Os brasileiros o encontraram no aeroporto e teriam hostilizado o ministro e sua família com xingamentos e ofensas, em 14 de julho.


Um deles teria agredido fisicamente o filho de Moraes, Alexandre Barci. Moraes conduziu o TSE durante as eleições de 2022 e é relator dos inquéritos sobre os ataques de 8 de Janeiro às sedes dos Três Poderes.

Os três brasileiros foram abordados pela PF no desembarque no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Os suspeitos estão sendo processados pelo ministro. Segundo o Código Penal, os crimes praticados por brasileiros no exterior ficam sujeitos à lei brasileira.

Moraes, a mulher dele e os três filhos do casal depuseram à Polícia Federal em 24 de julho. No depoimento, o ministro reafirmou que ele e a família foram ofendidas e disse que houve agressão a um dos filhos.

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