MPF manda Twitter explicar falta de combate a fake news sobre Covid
Procuradores querem saber ações que a rede social está tomando para evitar conteúdo falso relacionado à Covid-19
Brasília|Renato Souza, do R7, em Brasília
O MPF (Ministério Público Federal) deu prazo de dez dias para que o Twitter explique o motivo de a plataforma não ter em seus serviços um recurso que permita que usuários denunciem a divulgação de notícias falsas que envolvem a pandemia de Covid-19. A solicitação ocorreu em um inquérito civil público que está em tramitação no órgão.
De acordo com o documento, o Twitter implantou uma ferramenta que permite a denúncia de conteúdos falsos nos Estados Unidos e em outros países, mas não permite aos usuários brasileiros o acesso ao mecanismo. A Procuradoria da República em São Paulo quer saber quais medidas estão sendo adotadas pela empresa para que os internautas que acessam o site a partir do Brasil tenham permissão para utilizar o canal de denúncias.
O MPF também determinou que os representantes da empresa no Brasil informem quais critérios são adotados para verificar as contas de usuários da rede social como autênticas e de interesse público. Nesta semana, o Twitter ativou a verificação, um símbolo em azul, como autêntica, de uma conta que é investigada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por supostamente espalhar informações falsas sobre o processo eleitoral.
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Além disso, como revelou o R7, publicações da deputada Janaina Paschoal (PSL) foram alvo de milhares de denúncias porque puseram em dúvida, sem fundamentos científicos, a eficácia das vacinas contra a Covid-19 e desestimularam a imunização dos brasileiros.
O conteúdo publicado pela parlamentar foi analisado pelos representantes da empresa no Brasil, que estabeleceram que o conteúdo vai permanecer no ar, sem avisos ou sanções. O tema movimentou a internet nos últimos dias e chegou aos assuntos mais comentados do mundo no próprio Twitter.