Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

MPF se manifesta a favor de Robinho cumprir no Brasil pena por estupro coletivo na Itália

Procurador Hindemburgo Chateaubriand diz que não se pode permitir impunidade de crime reconhecidamente grave

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

STJ julga se Robinho cumprirá pena no Brasil
STJ julga se Robinho cumprirá pena no Brasil STJ julga se Robinho cumprirá pena no Brasil (Reprodução/RECORD)

O procurador Hindemburgo Chateaubriand Pereira Diniz Filho, do Ministério Público Federal, se manifestou a favor de que o ex-jogador Robson de Souza, o Robinho, cumpra no Brasil a pena de nove anos pelo crime de estupro coletivo cometido na Itália. "Não se pode permitir a impunidade do brasileiro que cometeu crime no exterior simplesmente porque a lei não o extradita."

A Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) começou a julgar nesta quarta-feira (20) o pedido da Itália para que o ex-jogador cumpra a pena no Brasil. O procurador foi o último a se manfestar durante a sessão. Hindemburgo leu transcrições de interceptações telefônicas da Justiça italiana com conversas entre Robinho e outros acusados e diz que o caso se trata do reconhecimento de um crime grave. 

Acompanhe a cobertura em tempo real do julgamento.

Procurador Hindemburgo Chateaubriand diz que crime é gravíssimo
Procurador Hindemburgo Chateaubriand diz que crime é gravíssimo Procurador Hindemburgo Chateaubriand diz que crime é gravíssimo (Antonio Augusto/MPF - 28.2.2024)

A Itália deseja que a pena seja cumprida no Brasil. A sentença final, na mais alta Corte, foi proferida em janeiro de 2022. Não cabe mais recurso ao jogador. No parecer sobre o caso, o MPF se manifestou sobre a possibilidade de homologação da condenação, por entender que o pedido cumpriu todos os requisitos legais.

Publicidade

No último domingo (17), Robinho deu uma entrevista exclusiva ao Domingo Espetacular(veja no vídeo abaixo). Na ocasião, o ex-atacante disse que se vê como vítima de racismo da Justiça italiana. Acusado de violência sexual, ele foi julgado no país europeu em três instâncias.

Robinho insiste que tem provas de sua inocência. "Só joguei quatro anos na Itália e já cansei de ver histórias de racismo. Infelizmente, isso tem até hoje. Foi em 2013, estamos em 2024. Os mesmos que não fazem nada com esse tipo de ato [racismo] são os mesmos que me condenaram. Com certeza, se o meu julgamento fosse para um italiano branco, seria diferente. Sem dúvidas. Com a quantidade provas que eu tenho, não seria assim", disse Robinho, em entrevista à RECORD.

Publicidade

Estupro coletivo em Milão - 2013

O ex-jogador foi condenado pelo crime de estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, na Itália, em 2013. Em março do ano passado, o relator do caso, ministro Francisco Falcão, determinou cautelarmente que Robinho entregasse o seu passaporte ao STJ.

Antes de apresentar defesa contra o pedido de homologação, os advogados do ex-jogador solicitaram ao tribunal que o governo italiano fosse intimado a apresentar cópia integral do processo, com a respectiva tradução, mas o requerimento foi rejeitado em agosto do ano passado pela Corte Especial.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.