No Dia de Tiradentes, Motta participará de eventos em Minas ao lado de Zema e Aécio
Data também marca 40 anos da morte de Tancredo Neves, o primeiro presidente civil eleito depois da Ditadura Militar
Brasília|Do R7, com Estadão Conteúdo

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), participa nesta segunda-feira (21), Dia de Tiradentes, de eventos em Minas Gerais ao lado do governador Romeu Zema (Novo) e do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). A data também marca o 40º aniversário do falecimento de Tancredo Neves, o primeiro presidente civil eleito, indiretamente, depois da Ditadura Militar.
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O dia de Motta vai começar às 9 horas, em Ouro Preto. O presidente da Câmara vai participar da cerimônia da Medalha da Inconfidência 2025, a convite de Zema.
O governador de Minas tenta pavimentar um caminho para a eleição presidencial de 2026 e é a favor da anistia para os condenados do 8 de Janeiro — tema que Motta deve enfrentar nas próximas semanas.
Ainda pela manhã da segunda-feira, Motta vai partir para São João del-Rei, para integrar as homenagens pelo 40º aniversário da morte de Tancredo Neves. O deputado foi convidado pelo colega Aécio Neves.
A segunda agenda de Motta contará com três eventos: às 11h45, ele participa da visita ao túmulo do ex-presidente; às 12h30, da reabertura do Memorial Tancredo Neves, e às 13h15 de um almoço no Solar do Presidente.
PL da Anistia: busca por meio-termo
Hugo Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), procuraram alguns parlamentares, para que eles analisem um texto alternativo ao projeto de lei que anistia os condenados pelos atos extremistas do 8 de Janeiro.
O movimento, iniciado nos últimos dias, tem o aval do STF (Supremo Tribunal Federal), que também participa das conversas. Entre os parlamentares envolvidos na discussão está o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Conforme apurou o R7, a ideia é criar uma proposta que não seja inconstitucional e que, ao mesmo tempo, deixe de lado o perdão total aos atos antidemocráticos.
Seria um texto com “equilíbrio”, em razão de reclamações tanto da direita quanto da esquerda entorno do atual relatório do PL da Anistia, elaborado pelo deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE).
O novo texto estudado, que ainda não foi oficializado, deve se apresentar como uma alternativa a dosimetria das condenações dos envolvidos no 8 de janeiro. Há um entendimento entre algumas lideranças do Congresso de que existem penas “fora da régua” a condenados pelos atos extremistas.
Eles citam, por exemplo, os envolvidos que foram condenados a 17 ou 14 anos de prisão. Então, uma das possibilidades seria ajustar essas penas.
Essas condenações, contudo, não representam a maioria. Dos 497 condenados, a maior parte, 249, foi sentenciada a penas que variam entre um a três anos de detenção.
Dos outros, um teve pena de 17 anos e seis meses de prisão, 43 de 17 anos de prisão, 58 de 16 anos e seis meses, um de 14 anos e seis meses e 102 a 14 anos de prisão.