Novo oficializa Marcel van Hattem como candidato à presidência da Câmara
Segundo o Novo, a candidatura de van Hattem ‘se compromete com as pautas da oposição na Câmara’
Brasília|Rute Moraes e Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

O partido Novo anunciou nesta segunda-feira (27) a candidatura de Marcel van Hattem (Novo-RS) à presidência da Câmara dos Deputados. A legenda também já havia lançado Eduardo Girão (Novo-CE) como candidato ao comando do Senado.
As eleições para as duas Casas estão marcadas para o próximo sábado (1º).
LEIA TAMBÉM
“Não estamos confortáveis com o fato de termos apenas duas candidaturas lançadas, uma do Centão e outra do Psol. A oposição precisa ter uma opção, pois entendo que não podemos ficar nas mãos dos mesmos grupos que têm dominado a Câmara e o Senado há tantos anos”, afirmou van Hattem.
Na Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) desponta como favorito para a presidência. O parlamentar paraibano reúne um amplo arco de alianças que abrange 495 dos 513 deputados – ultrapassando com folga os 257 votos necessários. Motta tem o apoio de partidos que vão do PL ao PT, com sua campanha patrocinada por Arthur Lira (PP-AL) e pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI).
Antes do anúncio do Novo, o único adversário de Motta na disputa era o Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ). “Não há clareza sobre quais propostas da oposição serão de fato implementadas por Hugo Motta se, de fato, for eleito. E quando alguém tem apoio do PT eu tenho automaticamente o pé atrás”, comentou van Hattem.
Segundo o Novo, a candidatura de van Hattem “se compromete com as pautas da oposição na Câmara” e defende medidas como o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e temas como o combate ao abuso de autoridade, reformas estruturais e questões econômicas.
Eleições no Senado Federal
Já no Senado, o Novo aposta na candidatura de Eduardo Girão (Novo-CE), mas o cenário favorece Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que é apontado como o provável vencedor. Alcolumbre busca consolidar uma ampla maioria para demonstrar força e hegemonia, contando com o apoio de 10 bancadas partidárias.
Apesar do apoio das siglas, o voto secreto pode gerar dissidências. A candidatura avulsa de Marcos Pontes (PL-SP) ameaça dividir o PL, que tem a segunda maior bancada do Senado e pressiona pelo impeachment de ministros do STF.