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Pablo Marçal, do PROS, mantém candidatura ao Palácio do Planalto

Coach bilionário vem sendo pressionado internamente; partido decidiu nesta quarta (3) apoiar a chapa de Lula (PT) e Alckmin (PSB)

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Pablo Marçal, candidato do PROS à Presidência da República nas eleições deste ano
Pablo Marçal, candidato do PROS à Presidência da República nas eleições deste ano Pablo Marçal, candidato do PROS à Presidência da República nas eleições deste ano

Em meio à pressão interna, o coach bilionário Pablo Marçal, do PROS, anunciou nesta quarta-feira (3) que mantém sua candidatura ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano. Ele também ameaçou ir à Justiça contra o próprio partido.

"Vários estão falando para sair para deputado, [dizem] 'você vai ser o deputado mais votado'. Não fui chamado para isso. Eu não sou carreirista político. É essa vez e acabou a conversa", garantiu Marçal.

A confirmação da intenção de seguir como candidato surpreendeu, uma vez que o partido pretendia anunciar a desistência da candidatura de Marçal e declarar apoio à chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que terá o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) como vice.

Durante o anúncio, Marçal criticou Lula. "Imagina alguém que está liderando as pesquisas preocupado com um candidato nanico, de 1%? Por que a preocupação? O que ele quer com os meus 17 segundos de televisão? Existe uma preocupação do outsider, que todo mundo diferente que entra na política engole todo politiqueiro", disse Marçal.

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Processar o partido

O candidato não deu detalhes, mas informou que pode processar a legenda. "Eu nunca processei uma única pessoa ou empresa. Tudo o que eu tive de prejuízo eu deixei de lado, mas vou anunciar que vai ser a primeira vez que vou agir judicialmente. Não vou afinar, não quero brigar com ninguém, mas, por causa do povo, não vou deixar."

Outra possibilidade de desistência

O advogado do PROS, Bruno Pena, afirmou ao R7 que, em reunião, a diretoria da legenda aprovou apoio ao petista. "Hoje [quarta-feira] houve uma reunião em São Paulo na qual foi declarado apoio à candidatura do ex-presidente Lula. A decisão de retirar a candidatura do Pablo Marçal será tomada na sexta-feira, mas vamos conversar com ele ainda. Eu acho que ele seria uma ótima candidatura a deputado federal", insistiu.

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A decisão ganhou força depois que a Justiça devolveu a presidência da sigla a Eurípedes Júnior, que tinha sido afastado após a realização de uma assembleia feita pela diretoria que estava no comando do PROS. Internamente, existe uma disputa entre dois grupos pelo comando da legenda, mas Eurípedes ganhou o aval do ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça.

Grupo em risco durante expedição

Em 31 de julho, o PROS anunciou a candidatura de Pablo Marçal à Presidência da República nas eleições deste ano. Natural de Goiás, o político tem 35 anos, acumula um patrimônio bilionário e 3,6 milhões de seguidores somados no Instagram e no YouTube.

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Por conta desses números, ele promove atividades como coach que atraem pessoas de todo o país. Em janeiro deste ano, por exemplo, ele causou polêmica por levar cerca de 60 alunos a uma expedição no Pico dos Marins, no interior de São Paulo, sem considerar os perigos naturais de um dia de fortes ventos e chuvas.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para resgatar o grupo, que sofria risco de morte por hipotermia. Pablo Marçal chegou a ser proibido pela Justiça de realizar qualquer atividade na natureza sem autorização prévia. O inquérito apurou ainda supostos crimes de tentativa de homicídio.

Como pré-candidato, Marçal mantém um discurso semelhante ao que usa para atrair alunos. Ele diz não ser nem de direita nem de esquerda e adota uma postura antipolítica nas redes. Para argumentar sobre o próprio sucesso, por exemplo, ele diz que "destravou os códigos da prosperidade e do governo da alma por meio da conexão com a fonte" e que, por isso, tem "um grande desejo de ajudar as pessoas a prosperarem".

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