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R7 Brasília

PF cumpre mandados nesta quinta contra suspeitos de ataque em assentamento do MST

Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão em Taubaté e Juazeiro, na Bahia; crime deixou dois mortos

Brasília|Do R7, em Brasília

Polícia Civil também investiga ataque Júlia Dolce/MST - arquivo

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão, nesta quinta-feira (13), contra os suspeitos de ataque ao assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Tremembé, em São Paulo, no último dia 10 de fevereiro.

A ação faz parte da Operação Colheita Justa, com mandados cumpridos em Taubaté e Juazeiro, na Bahia. Foram apreendidos materiais, dispositivos eletrônicos e documentos que passarão por perícia, segundo a corporação.

O ataque aconteceu no Assentamento Olga Benário, localizado na estrada do Kanegae, em Tremembé. Dois ocupantes foram mortos a tiros e outras seis pessoas ficaram feridas.

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As vítimas são Valdir do Nascimento, de 52 anos, conhecido como Valdirzão, e Gleison Barbosa Carvalho, de 28. O ataque ocorreu por volta das 23h, e os criminosos já chegaram ao local abrindo fogo. De acordo com o MST, foram 10 invasores.


“Outras seis pessoas, com idades entre 18 e 49 anos, ficaram feridas e foram encaminhadas ao Hospital Regional de Taubaté e ao Pronto Socorro de Tremembé. Depoimentos das vítimas indicaram que suspeitos em carros e motos teriam atirado. Um homem foi abordado no local e autuado em flagrante por porte ilegal da arma. O caso foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido no plantão da Delegacia Seccional de Taubaté”, afirmou a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de SP) ao R7.

No dia seguinte, o Ministério da Justiça e Segurança Pública pediu à Polícia Federal que investigasse o ataque. “No ofício enviado à PF, o ministro em exercício, Manoel Carlos de Almeida Neto, cita a violação a direitos humanos. Uma equipe da PF, com agentes, perito e papiloscopista foi deslocada para o local”, informou a pasta em nota.


No mesmo dia, Lula também determinou ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, que acompanhe de perto as investigações sobre o caso.

Ao cobrar o governo federal e o Estado de São Paulo, o movimento afirmou que o assentamento é alvo de disputas com “a especulação imobiliária voltada para o turismo de lazer”, por conta da “localização estratégica”, na região do Vale do Paraíba. “Há anos, as famílias assentadas vêm sofrendo ameaças e coerções constantes, mesmo após diversas denúncias feitas aos órgãos estaduais e federais, que seguem sem uma resposta efetiva para garantir a segurança e a permanência dessas famílias no território”, detalhou o MST.




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