A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu no Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição de uma notícia-crime apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) após um discurso transfóbico do parlamentar no plenário da Câmara, no Dia Internacional da Mulher. Na ocasião, Nikolas Ferreira afirmou (veja o vídeo abaixo) que "mulheres estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres". "Hoje me sinto mulher, deputada Nicole", disse, enquanto usava uma peruca loira.• Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram Na manifestação, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, afirma que o caso em análise se encontra abrangido pela imunidade absoluta dos parlamentares federais, o que afasta, portanto, a hipótese de prática de ilícito penal ou civil. A vice-PGR disse também que o STF já fixou em um processo semelhante que o "exagero na utilização do vocábulo não se sobrepõe à imunidade parlamentar no que tem com o objetivo maior o exercício do mandato sem intimidações de qualquer ordem".