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Prisão de Bolsonaro: governistas defendem decisão de Moraes e comemoram detenção

Ministro do STF determinou prisão preventiva do ex-presidente nesta segunda-feira (4)

Brasília|Rute Moraes, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Deputados e senadores do governo comemoram a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.
  • Decisão do ministro Alexandre de Moraes ocorre após descumprimento de medidas judiciais por parte do ex-presidente.
  • A prisão é vista como um marco histórico e medida de proteção à democracia e à ordem pública.
  • Bolsonaro enfrenta investigações por obstrução de Justiça e tentativa de golpe, com restrições rigorosas durante a detenção domiciliar.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Alexandre de Moraes afirmou que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares impostas pelo STF Vinicius Loures/Câmara dos Deputados - 06/12/2023

Deputados e senadores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemoram, nesta segunda-feira (4), a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nas redes sociais, aliados do presidente Lula também defenderam Moraes, alvo de críticas da oposição ao governo.


Presidente nacional do PT, Edinho Silva destacou que a detenção se deu após descumprimento de medidas cautelares. “Se existe uma ordem do Supremo e ela é descumprida, é evidente que o judiciário tem a prerrogativa de aumentar a penalidade proposta”, escreveu Silva.

O presidente petista defendeu ainda a “investigação da tentativa de golpe e da organização criminosa que existiu para tentar assassinar três autoridades da República”.


“Não podemos normalizar algo tão lamentável”, ressaltou. Apesar de ser réu no processo sobre tentativa de golpe, a prisão do ex-mandatário ocorreu em inquérito sobre obstrução de Justiça, no qual o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um de seus filhos, é o principal investigado por articular nos EUA sanções ao Judiciário brasileiro.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) classificou a prisão de Bolsonaro como o cumprimento da Justiça e um “marco histórico”.


“O Brasil está dizendo, em alto e bom som: quem atenta contra a democracia vai responder por isso! Não há anistia para golpistas. Não há blindagem para quem tramou contra a Constituição, conspirou nos porões do poder e tentou usurpar a vontade soberana do povo brasileiro”, afirmou o senador.

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O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) escreveu “um tornozelo de cada vez em direção a Papuda”, em publicação que compartilhou a notícia da prisão domiciliar do ex-presidente. O post faz referência às medidas cautelares impostas a Bolsonaro, dentre elas o uso de tornozeleira eletrônica.


A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) ironizou o ex-presidente: “Com isso, o ex-presidente não poderá sair de casa nem mesmo antes das 19h, tornando as nossas ruas mais seguras”.

“O Ministro Alexandre de Moraes acaba de decretar a prisão domiciliar do inelegível, golpista e traidor da pátria Jair Bolsonaro por descumprir as medidas cautelares definidas pelo STF”, escreveu.

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), citou que Bolsonaro apareceu em chamada de vídeo durante protesto realizado por apoiadores na praia de Copacabana neste domingo (3).

“Além disso, (Eduardo Bolsonaro) segue promovendo sanções estrangeiras contra o Brasil e atentando contra a soberania nacional em articulação com atores políticos internacionais”, destacou Farias.

O parlamentar também afirmou que a “resposta do Supremo foi proporcional à gravidade dos atos”.

“A prisão domiciliar visa conter o comportamento reiterado de afronta às instituições e proteger a ordem pública até o fim do julgamento”, complementou.

A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) escreveu “grande dia”, em referência à prisão.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) usou o caso de Bolsonaro para afirmar que “ninguém está acima da lei”.

“Jair Bolsonaro reincidiu no descumprimento de medidas cautelares e, mesmo sem estar presente, dirigiu-se aos manifestantes reunidos em Copacabana no ato golpista de domingo. Agora ficará em prisão domiciliar enquanto aguarda o julgamento de seus crimes contra a democracia brasileira. Sem anistia”, escreveu a parlamentar.

Entenda

Ao determinar a detenção domiciliar de Bolsonaro, Moraes afirmou que o ex-presidente repetiu as violações das determinações judiciais impostas pelo STF.

A decisão aponta conduta “deliberada e consciente” do ex-presidente para obstruir investigações, coagir autoridades e desrespeitar a Justiça.

Entre as novas restrições, estão o veto total a visitas — exceto advogados constituídos e familiares próximos —, proibição de celulares, gravações e qualquer forma de comunicação com embaixadores ou demais investigados.

Moraes reiterou que qualquer nova violação resultará no decreto imediato da prisão preventiva, conforme prevê o Código de Processo Penal.

O processo em curso, PET 14129, investiga crimes como coação no andamento de processos, obstrução de investigações sobre organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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