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Rosa Weber vota para proibir todos os repasses do orçamento secreto

O tema está sendo analisado pelo plenário do STF desde a semana passada; os demais ministros ainda não votaram

Brasília|Renato Souza, do R7, em Brasília

Plenário do STF durante posse de Rosa Weber como presidente da Corte
Plenário do STF durante posse de Rosa Weber como presidente da Corte Plenário do STF durante posse de Rosa Weber como presidente da Corte

A ministra Rosa Weber, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), votou a favor de que o Congresso seja obrigado a barrar completamente o orçamento secreto, conhecido tecnicamente pelo nome de "emendas do relator". A magistrada é a relatora de quatro ações que questionam a prática.

A decisão sobre a suspensão dos repasses que são feitos pelo Poder Executivo para destinações indicadas por deputados e senadores será tomada pela maioria dos 11 ministros do Supremo. Prevalece o entendimento que for seguido por pelo menos seis ministros.

A tendência é que a maior parte dos integrantes do plenário acompanhem o voto da ministra Weber, que foi considerado técnico e aprofundado. "O princípio da transparência reivindica que o Orçamento seja transparente e descomplicado. Opõe-se à formulação de orçamentos caixa-preta, secretos, e às siglas misteriosas que ocultam segredos inconfessáveis", afirmou a magistrada durante o voto.

O orçamento secreto é uma autorização para que deputados e senadores participem do orçamento da União, ou seja, que atuem na distribuição de parte dos recursos destinados a serviços públicos e obras pelo país.

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Os parlamentares participam ao indicar para onde deve ir parte dos valores sob responsabilidade do Poder Executivo. A indicação ocorre por meio do relator do Orçamento. Neste ano, foram movimentados cerca de R$ 16 bilhões por meio dessa prática.

Em seu voto, Rosa Weber explicou que o mecanismo das emendas do relator foi criado para que o Congresso participe da aplicação do Orçamento, mas destacou que a Constituição adota princípios de transparência para a entrada e saída de recursos do orçamento.

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Governabilidade

A decisão sobre o orçamento secreto envolve interesses do Congresso e do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na campanha eleitoral, Lula se manifestou contra essa prática.

Por outro lado, sem os repasses, o governo teria menor influência no Congresso. Um dos receios é que a PEC (proposta de emenda à Constituição) do estouro, que autoriza gastos extras com programas sociais e saúde, além do aumento do salário mínimo, não avance na Câmara.

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