Senado recorre de decisão que livrou Deolane Bezerra de depor na CPI das Bets
Em rede social, influenciadora disse que não prestaria depoimento no colegiado para não fazer papel ‘de boba da corte’
Brasília|Do R7

O Senado recorreu da decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça que decidiu que a influenciadora Deolane Bezerra não é obrigada a prestar depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Bets no Senado. O interrogatório dela estava previsto para esta quinta-feira (10).
Em rede social, a influenciadora fez uma publicação dizendo que não iria comparecer à CPI para não fazer papel “de boba da corte”.
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“Eu não vou ser boba da corte de ninguém, eu não vou ser usada de bode expiatório mais uma vez. Então, eu não iriei. Já que eu ganhei um habeas corpus me facultando de ir ou não”, afirmou.
A decisão foi tomada por meio da concessão de um habeas corpus apresentado pela defesa da investigada. Segundo o entendimento de André Mendonça, Deolane não é obrigada a comparecer nem pode ser punida por ausência.
A influenciadora é um dos nomes citados na CPI que investiga irregularidades envolvendo casas de apostas esportivas no Brasil. Deolane tinha sido convocada para comparecer o colegiado. Dessa forma, a presença dela seria obrigatória.
O nome de Deolane veio à tona após a comissão ampliar a investigação sobre celebridades que promoveram plataformas de apostas online, algumas delas operando sem autorização da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.
A CPI tem convocado uma série de influenciadores e empresários ligados ao setor de apostas, e já recomendou à Justiça o bloqueio de contas bancárias e perfis digitais de investigados que teriam lucrado com a promoção de plataformas irregulares.
Pedido de convocação
Autor da convocação, o senador Izalci Lucas (PL-DF), alega que a presença de Deolane é “crucial para entender as conexões entre influenciadores e esquemas ilícitos no mercado de apostas”.
Ele destaca que ela foi alvo da Operação Integration, que apura um esquema de lavagem de dinheiro e de atividades ilegais nos jogos de azar, incluindo as apostas online.
“Sua convocação é necessária para esclarecer seu envolvimento na promoção de apostas e o possível uso de sua imagem para legitimar operações financeiras ilícitas, conforme indicam as investigações”, defende Izalci.
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